Descrição de chapéu Coronavírus

Último lote de Coronavac do ano, com 1,6 milhão de doses, chega a São Paulo

Governo paulista diz ter aproximadamente 11 milhões de doses em estoque que aguardam aprovação da Anvisa para uso

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São Paulo

O sexto lote composto por cerca de 1,6 milhão de doses da Coronavac, vacina contra a Covid-19 fabricada pelo laboratório chinês SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, desembarcou no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), na manhã desta quarta-feira (30).

A chegada da carga foi acompanhada pelo governador João Doria (PSDB), que estava ao lado do secretário de Saúde, Jean Gorinchteyan, e do diretor do Butantan, Reinaldo Sato.

Lote de Coronavac desembarca no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), nesta quarta-feira (30)
Lote de Coronavac desembarca no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), nesta quarta-feira (30) - Zanone Fraissat/Folhapress

Esta é a última remessa do ano de Coronavac para São Paulo. Ela foi foi transportada da China num avião da Swiss Air Lines, que pousou no aeroporto da Grande São Paulo por volta das 5h40. Com mais esta carga, o governo Doria diz ter aproximadamente 11 milhões de doses da vacina em estoque.

No entanto, o imunizante ainda aguarda autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser distribuído e aplicado na população.

A informação sobre a eficácia da vacina, que seria divulgada no dia 23 de dezembro, mas foi adiada para até o dia 7 de janeiro, é a mais aguardada para a Anvisa chancelar o seu uso.

Até o momento, o Instituto Butantan informou apenas que os índices de eficácia são maiores do que o mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) –na casa dos 50%.

A Sinovac informou que analisa os resultados obtidos em vários países para divulgar com precisão a eficácia do imunizante contra o novo coronavírus. Ao todo, a farmacêutica chinesa testou sua vacina em 13 mil voluntários.

Dados preliminares apontaram, por exemplo, que na Turquia a vacina atingiu um índice inicial de 91% de eficácia. No Brasil, por causa de restrições de contrato, o índice não pode ser antecipado.

Em um vídeo publicado no Twitter, o governador João Doria disse novamente que a vacinação começará no dia 25 de janeiro no estado de São Paulo.

“A vacina contra a covid-19, agora, em solo brasileiro, em São Paulo, no Butantan. Temos 10,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19. No início de janeiro, ela será validada pela Anvisa e no dia 25 de janeiro, reconfirmo, estaremos iniciando a imunização aos brasileiros de São Paulo", disse.

O primeiro lote de Coronavac, com 120 mil doses, desembarcou no Brasil no dia 19 de novembro. A segunda carga, com 600 litros a granel do insumo, chegou no dia 3 deste mês, e a terceira entrega, com 2 milhões de doses, no dia 18.

No dia 24, véspera de Natal, São Paulo recebeu a maior carga da vacina, com 5,5 milhões de doses. E nesta última segunda (28) mais 500 mil doses chegaram ao estado.

A Coronavac ganhou projeção ao entrar no centro de uma guerra política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador João Doria (PSDB), prováveis adversários nas eleições presidenciais de 2022.

Bolsonaro esvaziou o plano de aquisição futura da Coronavac feito em outubro pelo seu próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, criticou o governador João Doria e disse que a vacina não era confiável por causa de sua origem.

Em novembro, o presidente voltou atrás e declarou que poderia autorizar a compra da vacina produzida pela Sinovac, mas não pelo preço que um “caboclo aí quer”.

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