O Brasil registrou 460 mortes pela Covid-19 e 29.133 casos da doença, nesta segunda-feira (18). Com isso, o país chega a 210.328 óbitos e a 8.512.238 de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2.
O Ceará não disponibilizou dados atualizados.
Por um erro de digitação no número de mortes por Covid no Rio de Janeiro em 16 de janeiro, os dados de sábado e de domingo estavam incorretos. No último sábado, portanto, foram registradas 164 mortes no RJ e 1.039 em todo o Brasil. No domingo, foram 36 mortes no estado e 538 no país. A média móvel nos dois dias não sofreu alterações.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 959. O valor da média representa um aumento de 36% em relação ao dado de 14 dias atrás.
Quase todas as regiões do país apresentam aumento da média móvel de mortes em relação ao dado de 14 dias atrás. Somente o Centro-Oeste e o Sul se encontram em situação de estabilidade, o que não signficado um quadro de tranquilidade.
Alagoas, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins apresentam aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás.
Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão em situação de estabilidade da média móvel de óbitos.
Somente o Acre e o Mato Grosso do Sul apresentaram redução da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás.
O Brasil tem uma taxa de 100,4 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (398.653), e o Reino Unido (90.030), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 122 e 135,5 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (136,6), país com 82.554 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 140.704 óbitos, tem 111,5 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 121,2. O país tem 38.770 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 152.419 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,3 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 102,1 mortes por 100 mil habitantes (45.407 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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