O Brasil registrou 518 mortes pela Covid-19 e 26.400 casos da doença nas últimas 24 horas. Com isso, o país chegou a 209.868 óbitos e a 8.483.105 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 861. O valor da média representa um aumento de 38% em relação ao dado de 14 dias atrás.
Todas as regiões do país, menos o Sul, apresentam aumento da média móvel de mortes em relação ao dado de 14 dias atrás.
O Brasil tem uma taxa de 98,9 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (388.048), e o Reino Unido (86.163), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 118,8 e 129,6 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (133,8), país com 80.848 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 136.917 óbitos, tem 108,5 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 120. O país tem 38.399 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 151.727 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,2 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 101,1 mortes por 100 mil habitantes (44.983 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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