O governo decidiu reconduzir Nísia Trindade Lima para o cargo de presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), órgão vinculado ao Ministério da Saúde que está à frente da produção no Brasil da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca.
A portaria com a recondução de Nísia para um novo mandato de quatro anos foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
A norma foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, que teve uma reunião com a presidente da Fiocruz e com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira (11).
Nísia foi a primeira colocada numa eleição interna realizada em novembro. Durante a disputa, grupos bolsonaristas fizeram campanha para Florio Polonini Junior, mas ele teve baixa votação e ficou de fora da lista tríplice encaminhada para o governo federal.
Doutora em Sociologia e servidora da Fiocruz desde 1987, Nísia iniciou seu primeiro mandato à frente da entidade em 2017.
A Fiocruz tem no Brasil um acordo para a produção da vacina Oxford/AstraZeneca, a principal aposta do governo federal para a campanha brasileira de vacinação contra a Covid-19.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tem dito que na hipótese mais otimista a imunização da população deve ocorrer a partir de 20 de janeiro.
O governo federal está em tratativas para viabilizar a importação de um primeiro lote de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, numa tentativa do iniciar campanha de vacinação ainda em janeiro.
A produção nacional do imunizante pela Fiocruz deve ocorrer em um segundo momento.
Na semana passada, Pazuello informou que o país tem garantidas 212 milhões de doses do imunizante.
A outra vacina que deve ser usada em grande escala na vacinação no Brasil é a produzida pelo instituto Butantan em parceria com uma farmacêutica chinesa.
A previsão é que o Ministério da Saúde adquira 100 milhões de doses da Coronovac, com um primeiro lote (46 milhões) previsto para ser entregue até abril e o restante ao longo do ano, mediante opção de compra pelo Ministério da Saúde.
Tanto o Butantan quanto a Fiocruz já fizeram o pedido junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de registro emergencial dos respectivos imunizantes. No fim de semana, a Anvisa informou que a Fiocruz enviou todos os documentos para análise, mas cobrou mais dados do Butantan.
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