Descrição de chapéu Coronavírus

Veja histórias de costureiros e sapateiros que morreram de Covid-19

Mais de cem familiares enviaram foto de calçados para representar a perda de parente ou amigo; Brasil registrou mais de 200 mil mortes pela doença

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Montagem com sapatos de pessoas mortas pela Covid no Brasil em 2020. Folha fez especial para marcar as 200 mil mortes no país reunindo esses itens pessoais de quem se foi Arquivo Pessoal

São Paulo
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PETRONILO LOPES RODRIGUES FILHO (1974-2020) - Arquivo pessoal

PETRONILO R. FILHO, 46, sapateiro, Rio Branco (AC)

Desde os 21 anos, Pelezinho trabalhava em uma sapataria, no antigo Mercado Velho em Rio Branco (AC), e afirmava que consertar sapatos era um dos talentos que tinha herdado do pai. Foi tabém diretor do Programa Luz Para Todos. Executou projetos na sua gestão na Secretaria Estadual de Esporte, participou da Central de Movimentos Populares e foi assessor do senador Tião Viana (PT-AC).


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SUSSUMO KOBAYASHI (1944-2020) - Arquivo pessoal

SUSSUMO KOBAYASHI, 76, gerente, São Paulo (SP)

Sussumo trabalhou a vida toda com confecção, assunto que dominava e ensinava. Foi “mestre” de muitos. Era alegre, gostava de samba e, às vezes, de uma cerveja. Devido ao diabetes, sempre usava o sapato preto, indicado pelo médico. Quando estragava, comprava outro igualzinho. A última coisa que a filha ouviu ele falar foi que estava com falta de ar.


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MARIA CASSULA LISBOA (1938-2020) - Arquivo pessoal

MARIA CASSULA LISBOA, 82, costureira, São Paulo (SP)

Maria era costureira de mão-cheia e adorava o que fazia. Foi casada com o funcionário público Antônio de Jesus Costa por 60 anos. Tinha uma filha adotiva, Rosemeire, e ajudou a criar a neta, Evelyn. Durante a pandemia, não saiu de casa, então o par de chinelos coral era o que mais usava para trabalhar na máquina de costura.


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MARIA DE CAMARGO (1931-2020) - Arquivo pessoal

MARIA DE CAMARGO, 89, costureira, São Paulo (SP)

Imigrante italiana, Maria veio para o Brasil com 20 anos de idade e, naquela época, costurava para todos que residiam em seu bairro. Adorava cozinhar e sempre demonstrou preocupação com a família e os amigos, além de estar pronta para ajudá-los com o que precisassem.

Calçava sempre o par de sapatos acima, que virou sua marca registrada, enquanto realizava as tarefas domésticas.


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MARIA JOSÉ MARTINS (1933-2020) - Arquivo pessoal

MARIA JOSÉ MARTINS, 87, costureira, Santo André (SP)

Costureira quando mais nova, Maria José só fazia roupas para a família mais recentemente. Dedicava-se às suas plantas. Mesmo com artrose no quadril e no joelho, adorava caminhar na Oliveira Lima, o calçadão do centro de Santo André, usando sempre calçados confortáveis. Sua época do ano preferida era a de Natal, quando aproveitava para ver as decorações na cidade.


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EURÍDICE FERREIRA MERAT (1934-2020) - Arquivo pessoal

EURÍDICE F. MERAT, 86, costureira, Rio de Janeiro (RJ)

Eurídice perdeu a mãe aos 16 anos e começou a trabalhar como babá para se sustentar. Ao se casar, pensou que as dificuldades diminuíram, mas perdeu o marido jovem e, com três filhos, aprendeu a costurar para garantir a renda.

Aposentada, fazia cursos de pintura e se mantinha ocupada, enquanto assistia aos cinco netos crescerem. Planejava chegar aos cem anos.

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