Descrição de chapéu Coronavírus

Veja histórias de profissionais de saúde que morreram de Covid-19 no Brasil

Mais de cem familiares enviaram foto de calçados para representar a perda de parente ou amigo querido

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Montagem com sapatos de 100 pessoas mortas pela Covid no Brasil em 2020. Folha fez especial para marcar as 200 mil mortes no país reunindo esses itens pessoais de quem se foi

São Paulo
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DIAMIR GOMES (1945-2020) - Arquivo pessoal

​​DIAMIR GOMES, 75, médico, São Paulo (SP)

Diamir trabalhou muitos anos no Hospital Santa Marcelina (SP), formou-se médico mais velho, após ter concluído a faculdade de Bioquímica e Farmácia. Sua paixão era estar no centro cirúrgico. Nascido no Mato Grosso, era conhecido por ser um homem divertido e determinado. Nas horas livres, gostava de assistir a jogos de futebol, um esporte que praticava quando jovem.


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GILMAR CALASANS LIMA (1964-2020) - Arquivo pessoal

GILMAR CALASANS LIMA, 55, médico, Ilhéus (BA)

Nascido em Salvador, Gilmar era o caçula entre três filhos. Iniciou sua carreira como médico tenente da marinha em Corumbá e, mais tarde, retornou à Bahia. Era funcionário do hospital regional Costa do Cacau, em Ilhéus. Os amigos o chamavam de “nosso Gil”, pelo coração tamanho GG e o sorriso gostoso. Diabético, foi o primeiro médico a morrer de Covid na Bahia.


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MAURO CATALDI (1956-2020) - Arquivo pessoal

MAURO CATALDI, 63, enfermeiro, Rio de Janeiro (RJ)

Além de enfermeiro no Hospital Federal de Ipanema, com uma carreira de 26 anos, Mauro era artista e mágico. Todo final de ano, se vestia de Papai Noel para a família, em eventos beneficentes, para empresas e escolas. O sapato selecionado pela esposa Gilma era a bota que usava para representar o bom velhinho. “Nunca pensei que te perderia tão cedo”, escreveu sua filha.


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CELSO DE ALMEIDA FELÍCIO (1953-2020) - Arquivo pessoal

CELSO DE A. FELÍCIO, 66, médico, Duque de Caxias (RJ)

Cardiologista na UTI de um hospital em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), Celso não quis parar de trabalhar mesmo tendo mais de 60 anos. Como os EPI’s eram escassos, comprou seus próprios equipamentos, que só chegaram quando ele já havia morrido, em abril. Celso deixou a esposa Myriam e o filho, Marcelo, que o desaconselharam a continuar trabalhando, e também duas filhas, Carla e Milena.​


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CAIO MARTINS GUEDES (1987-2020) - Arquivo pessoal

CAIO MARTINS GUEDES, 33, médico, Curitiba (PR)

Foi assim, com um pé de cada calçado que Caio trabalhou pela última vez. Médico, nascido no Tocantins, estava terminando o período de residência no Paraná, para se tornar ortopedista. Enfrentava a pandemia como plantonista em Bocaiúva do Sul, região metropolitana de Curitiba. Foi o primeiro médico em atividade morto por Covid no Estado. Namorava Denise.


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IDALGO MOURA (1974-2020) - Arquivo pessoal

​IDALGO MOURA, 45, enfermeiro, Santo André (SP)

Nascido no interior da Paraíba, Idalgo trabalhava no Hospital do Tatuapé. Saudável, sofrera apenas de pedras no rim. Quando começou a sentir-se mal, pediu à mãe que rezasse por ele, mas foi trabalhar assim mesmo. Para formar-se em enfermagem, teve época em que precisou ter três empregos. Os sapatos selecionados eram usados principalmente para dançar.


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Marco Aurélio Gamborgi (1963-2020) - Arquivo pessoal

MARCO A. GAMBORGI, 57, médico, Curitiba (PR)

O cirurgião plástico Marco Aurélio era referência em procedimentos cirúrgicos em crianças com fissuras labiopalatais. Fez cerca de 10 mil cirurgias desse tipo. Atuava como voluntário da ONG Operação Sorriso do Brasil, em Curitiba. Cinéfilo, era chamado de “Aurélius”, porque sabia detalhes dos grandes clássicos do cinema. O calçado é o sapato cirúrgico que usava no trabalho.


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MAURÍCIO NAOTO SAHEKI (1978-2020) - Arquivo pessoal

MAURÍCIO NAOTO SAHEKI, 41, médico, Rio de Janeiro (RJ)

Maurício era infectologista na Fiocruz e no Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, no Rio de Janeiro, onde combatia a Covid-19. Vivia envolvido em suas pesquisas e dedicava a vida ao seu trabalho, deixando hobbies como a poesia e a corrida de lado. O sapato social foi usado em seu casamento e em algumas viagens, mas ele preferia o conforto à boa aparência.


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ALBERT AMIN SADER (1930-2020) - Arquivo pessoal

ALBERT AMIN SADER, 90, médico, Ribeirão Preto (SP)

Albert dedicou 44 de seus 90 anos à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e ao seu Hospital das Clínicas, onde dirigiu a Unidade de Emergência. Colega de turma na USP de Adib Jatene, tornou-se cirurgião. Fez milhares de cirurgias de traqueia, pulmões, intestino e, principalmente, de coração. Espalhou conhecimento por hospitais dos EUA e da Argentina.


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EDNA MARIA GOMES (1944-2020) - Arquivo pessoal

EDNA MARIA GOMES, 76, enfermeira, Franca (SP)

A maior preocupação de Edna era garantir o bem-estar do próximo. Enfermeira, ao se aposentar, passou a se dedicar integralmente à Casa da Sopa de Restinga, ONG fundada há 71 anos pelo seu pai. Produzia marmitas, organizava cestas básicas e enxovais para doação. Estava também à frente dos cursos de artes, esportes e cultura oferecidos gratuitamente a jovens da periferia.*

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