Descrição de chapéu Coronavírus

Coronavac parece ser segura e criar anticorpos em crianças, diz pesquisador da Sinovac

Dados são preliminares, de estudos de fase 1 e 2, e ainda não foram publicados em revista científica

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Rosanne Liu Ryan Woo
Pequim | Reuters

A Coronavac, vacina contra Covid-19 da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, parece ser segura e capaz de provocar reações imunológicas em crianças e adolescentes, de acordo com resultados preliminares, disse a empresa nesta segunda-feira (22).

Os dados são de testes clínicos de fase 1 e 2 (no total são três fases antes da liberação para uso) com mais de 500 crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos que receberam duas injeções de dosagens baixas ou médias da vacina ou um placebo.

A maioria das reações adversas foi branda, disse Zeng Gang, um pesquisador da empresa, em uma conferência acadêmica em Pequim.

Segundo relatos, duas crianças que receberam as doses mais baixas tiveram febre alta, disse ele, sem dar detalhes ou especificar as temperaturas.

Os níveis de anticorpos produzidos pela vacina Coronacac foram maiores do que aqueles vistos em adultos de 18 a 59 anos e em pessoas idosas em testes clínicos anteriores, disse Zeng na apresentação.

Para crianças de 3 a 11 anos, a dose menor conseguiu induzir reações de anticorpos favoráveis, e a dose média funcionou bem nos jovens de 12 a 17 anos, disse ele.

Os dados preliminares ainda não foram publicados em um periódico científico analisado pela comunidade científica.

Os testes de fase 3 da Coronavac em outros países, como o Brasil, ainda não incluíram menores de idade.

A empresa também está testando uma terceira dose da vacina como um reforço em um estudo na China. Os participantes devem receber uma terceira dose cerca de oito meses após receberem a segunda.

A Sinovac já forneceu 160 milhões de doses de vacina a 18 países e regiões e mais de 70 milhões de doses já foram aplicadas.

Em fevereiro, a Universidade de Oxford anunciou que a vacina produzida pela instituição em parceria com a farmacêutica AstraZeneca seria testada também em crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 17 anos.

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