Governo Doria anuncia que vacinação de pessoas a partir de 69 anos começa no dia 27

Vacinação de idosos de 72 a 74 anos foi antecipada para esta sexta-feira (19)

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São Paulo

O governo João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (19) que a vacinação de pessoas de 69 a 71 contra o coronavírus começará em São Paulo a partir do dia 27 de março.

Segundo o vice-governador Rodrigo Garcia, a faixa de 69 anos foi incluída. "Antecipamos a data que passa a ser 27 de março e também conseguimos incluir os idosos de 69 anos", disse.

Nesta sexta (19), segundo Garcia, começa a vacinação de idosos 72 a 74 anos. Eles seriam, inicialmente, vacinados a partir de segunda (22).

Regiane de Paula, coordenadora de imunização, afirmou que na faixa etária entre 69 e 71 anos 910 mil pessoas serão vacinadas. "Isso nos traz esperança. A todo momento que temos vacina sendo entregues, o movimento é que novos grupos possam entrar e novas faixas possam ser contempladas", disse.

Segundo ela, atualmente há 4,4 milhões de doses aplicadas no estado de São Paulo.

Dimas Covas, do Instituto Butantan, afirmou que o órgão fez a maior entrega semanal ao Ministério da Saúde. "Entregamos 7,3 milhões doses. Falta ainda entregar até o final de março, e nós já temos essas vacinas prontas, 11,5 milhões. Em março, totalizaremos a entrega de 22,7 milhões doses. A vacina do Butatan é a vacina que sustenta o programa nacional de imunização", disse Dimas Covas.

Segundo o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, a taxa de ocupação nas UTIs do estado é de 90,6% e na Grande SP é de 91%. As internações continuam em alta, segundo ele.

O índice de isolamento mostra que o índice de isolamento na quinta foi de 44%, mesmo índice do dia anterior.

LOCKDOWN

Após sinalizar que adotaria medidas mais restritivas e não adotá-las, o governo Doria adotou um discurso de que as medidas restritivas em vigor são semelhantes a um lockdown.

Tecnicamente, nós poderíamos chamar de lockdown. O que nós já temos de restrições é muito semelhante ao que temos ou tivemos em vários países que chamaram essas medidas de lockdown", disse o médico Paulo Menezes, do centro de contingência.

O vice-governador Rodrigo Garcia seguiu na mesma linha. "As medidas já adotadas pelo governo de São Paulo e por várias prefeituras já são equivalentes a um lockdown. Quando a gente escuta a imprensa internacional dizer lockdown no Reino Unido, na Alemanha. Esses países não encerraram as atividades industriais, parte da sua construção civil. Então, as nossas medidas já são equivalentes a um lockdown, o que esperamos é que surtam efeito de um lockdown. Por isso estamos aguardando o encerramento da semana epidemiológica amanhã (20) para fazer avaliação dos efeitos das nossas medidas", disse ele, que em coletiva anterior havia rejeitado o uso dessa palavra.

Garcia diz que novas medidas restritivas podem vir a ser adotadas.

Paulo Medina, também do centro de contingência, adotou um tom um pouco diferente, citando as peculiaridades geográficas de países que adotaram o lockdown e dando a entender que se trata de um modelo mais restrito.

Ele afirmou que o modelo de lockdown funcionou bem na Austrália e Nova Zelândia. "Eles não têm fronteiras, são dois países com população pequena, sem fronteira com outro país, que é fácil controlar o fluxo de pessoas. Funcionou também na China, onde o regime não é o mesmo regime republicano federativo que nós temos no Brasil ou nos Estados Unidos. Nem no Brasil nem nos Estados Unidos não consideramos que seja possível no país todo e mesmo no estado", disse.

Medina afirmou que há risco de instabilidade social. "O lockdown é difícil de ser aplicado na nossa cultura. Essas medidas que estão sendo tomadas de maneira gradativa, com restrição gradativa, são mais apropriadas para o nosso estado do que um lockdown como ele é definido em outros países", disse.

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