Descrição de chapéu Coronavírus

Guedes toma vacina contra a Covid-19 e defende imunização para todos os brasileiros

Ministro defende que seja acelerada a vacinação, principalmente dos trabalhadores informais

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Brasília

Segundo ministro do governo federal a se vacinar, Paulo Guedes, 71, tomou a 1ª dose da Coronavac na tarde deste sábado (27) em Brasília. Ele foi a um posto de vacinação no estacionamento da estádio Mané Garrincha, na região central da capital. A segunda dose está agendada para o final de abril.

Em entrevista à CNN Brasil, Guedes disse que, antes de ir ao local, conversou com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o colega lhe pediu para avisar à imprensa “para dar o exemplo”. Ele tirou a máscara de proteção facial para conversar com a emissora.

“Nós temos que vacinar todos os brasileiros”, disse o titular da Economia, reforçando a linha adotada pelo Palácio do Planalto após a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem 71 anos e faz parte do grupo de risco, recebeu a primeira dose no estádio Mané Garrincha em Brasília, neste sábado (27) contra a Covid-19 - Reprodução/GloboNews

A assessoria de Guedes, no entanto, informou que não sabia que ele se vacinaria neste sábado.

O ministro também defendeu que, durante os quatro meses de pagamento do auxílio emergencial, seja acelerada a vacinação, principalmente dos trabalhadores informais.

No dia 18, o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, 73, informou em uma rede social que tomou a primeira dose de vacina contra a Covid-19.

​"Recebi a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O governo federal defende a imunização em massa e trabalha intensamente para viabilizar, no menor prazo possível, a vacinação de todos os brasileiros. É uma ação voluntária. Foi a minha escolha", disse Heleno, sem informar qual imunizante recebeu.

Marcelo Queiroga, por sua vez, divulgou um vídeo nas redes sociais, gravado neste sábado em seu gabinete, no qual afirmou que o Brasil vacinou mais de 800 mil pessoas nesta sexta-feira (26).

"Fizemos o compromisso de no começo de abril vacinar 1 milhão de brasileiros por dia. Essa meta está próxima de ser atingida", afirmou.

Ao frisar que o feriado da Semana Santa se aproxima, data tradicional de confraternização familiar, Queiroga falou da importância do uso de máscaras faciais e do distanciamento social.

""No feriado, faça sua reflexão cristã em casa com suas famílias, e evite aglomerações. Sabemos que as pessoas gostam de se juntar, e até mesmo pela própria tradição cristã. Façam isso, mas usando máscara e guardando o distanciamento recomendado pelas autoridades sanitárias."

Um dia depois de fazer um apelo para que o Brasil se tornasse uma "pátria de máscaras" e de determinar o uso de máscaras por funcionários do Ministério da Saúde, Queiroga disse que medidas que obrigam o uso não funcionam sem adesão.

"Não é com lei obrigando as pessoas a usar máscaras e multando as pessoas nas ruas que vamos resolver esse problema É questão de conscientização. Cada um tem que saber seu papel", disse ele, que voltou a orientar o uso.

"A máscaras ajudam a bloquear o vírus. Se todos usassem máscara, o efeito seria semelhante a vacinar a população de nosso país", disse.

Repetida pelo ministro desde sua posse na Saúde, a defesa das máscaras contrasta com a posição adotada pelo presidente Jair Bolsonaro nos últimos meses –o qual só começou a usar máscaras em aparições públicas recentemente, após ser convencido por auxiliares de que sua postura negacionista vinha afetando a avaliação do governo.

Por outro lado, o ministro também tem feito alguns acenos em discursos a pontos de defesa do presidente, conhecido por críticas a leis que obrigam a adoção de medidas de prevenção.

Em outro exemplo desses acenos, Queiroga também falou em vídeo neste sábado sobre a necessidade de retomada da economia "para garantir salário e renda". Também voltou a pedir que haja confiança da população na sua gestão.

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