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Hospital das Forças Armadas no DF tem UTI com 90% de ocupação e usa contêiner para corpos

Ligado ao Ministério da Defesa, hospital é referência no tratamento de Covid-19

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Brasília

Em um dos momentos mais crítico da pandemia de Covid-19 no Distrito Federal, a UTI do Hospital das Forças Armadas atingiu a taxa de ocupação de 90% de seus leitos. Referência no tratamento da Covid-19, a instituição tem usado desde o ano passado um contêiner frigorífico como necrotério.

O Ministério da Defesa, ao qual o hospital é ligado, informou, em nota, que o contêiner foi contratado em setembro de 2020 para assegurar tratamento condizente à demanda. O necrotério já existente, construído na década de 1970, é pequeno e necessitava de reforma e ampliação antes mesmo da pandemia.

“A locação do contêiner permite atender a legislação, que determina que os corpos de doenças infectocontagiosas sejam acondicionados em separado e com refrigeração adequada”, disse a pasta em nota.

O presidente Jair Bolsonaro deixa o HFA (Hospital das Forças Armadas) em dezembro de 2019 após passar a noite em observação por conta de uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada - Pedro Ladeira/Folhapress

O hospital é utilizado por membros do alto escalão do governo federal, inclusive para tratamentos contra a Covid-19. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ficou internado em novembro do ano passado no local.

Em janeiro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro passou por sua segunda vasectomia no hospital. Em julho de 2019, a primeira-dama Michelle Bolsonaro foi operada para corrigir desvio de septo.

O Distrito Federal enfrenta o auge da crise contra o coronavírus. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 93,2% nesta terça-feira (9), e o governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou estado de calamidade pública.

Na segunda-feira (8), Ibaneis decretou toque de recolher das 22h às 5h até o dia 22 de março. A população deverá permanecer em casa durante o período e só poderá sair em caso de necessidade de tratamento de saúde emergencial ou para a compra de medicamentos. Só poderão funcionar hospitais, clínicas médicas e veterinárias, farmácias, postos de gasolina e funerárias.

No dia 26 de fevereiro o governador havia decretado medidas restritivas. Entretanto, afrouxou as regras ao longo dos dias. No mesmo dia em que decretou toque de recolher, autorizou a retomada do funcionamento de escolas e estabelecimentos de ensino particulares e academias.

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