As praias, cachoeiras e os parques seguem liberados durante a semana na cidade do Rio de Janeiro. Nos finais de semanas e feriados, a permanência nesses lugares não é permitida. A decisão consta em decreto publicado nesta sexta-feira (30), no Diário Oficial da Prefeitura do Rio, que estende até o dia 10 de maio as normas restritivas para reduzir a contaminação na pandemia da Covid-19.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), já havia liberado a entrada em bares e restaurantes e também a visitação de atrações turísticas como o Cristo Redentor.
A cidade, poré, permanece em um nível muito alto de contaminação, com alta demanda nos hospitais. A taxa de ocupação de leitos públicos para pacientes graves da doença subiu de 93% para 96%, segundo dados desta segunda-feira (26) publicados pela Folha.
O novo documento quase não mudou a versão anterior, que terminaria na próxima segunda-feira. Uma pequena mudança, porém, é que bares, lanchonetes e restaurantes, que podem funcionar até as 22h e com 40% da capacidade, ganharam uma hora de tolerância para os clientes deixaram os estabelecimentos.
“Nós ainda temos uma incidência muito grande de pessoas procurando nossa rede com sintomas da doença. Isso mostra que a gente está longe de estar numa situação confortável. Por isso, a manutenção das medidas restritivas, permitindo que a cidade funcione, sabemos que não dá para fechar tudo para todo sempre”, afirmou Paes durante a divulgação do 17º Boletim Epidemiológico da Covid-19.
Ainda de acordo com Paes, a proibição do banho de mar no fim de semana e feriados é uma tentativa de minimizar grandes aglomerações e deslocamentos: “Não espere que a gente vá ficar correndo atrás das pessoas na praia”. O prefeito voltou a pedir a colaboração das pessoas. “A gente espera poder voltar avançar, mas é um momento de muita conscientização das pessoas. A gente precisa de muita colaboração da população”.
De acordo com a prefeitura, a cidade tem o registro de 63.536 casos com 5.462 óbitos. Ainda conforme dados da prefeitura, não houve em abril surtos e casos de Covid-19 dentro de asilos e instituições de longa permanência.
O município aplicou mais de 2 milhões de doses das vacinas contra a Covid-19, o que corresponde a 20% da população. Mais de 95% dos idosos já receberam a primeira dose da vacina. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, é um erro alguém deixar de se vacinar.
“A AstraZeneca é uma vacina segura. Todas as autoridades sanitárias do Brasil têm reforçado isso. A AstraZeneca e a CoronaVac são seguras. A gente faz uma fortíssimas vigilância vacinal na cidade do Rio de Janeiro de efeitos adversos. A gente não tem nenhuma notificação de casos graves”, reforçou o secretário.
Continuam proibidos na cidade as entradas de ônibus e outros veículos de fretamento para turismo. Não está autorizado o retorno das festas e eventos de grande porte. O público também não pode permanecer nas ruas entre 23h e 5h. Também está proibido o funcionamento de boates, danceterias, salas de dança e casas de espetáculo.
Estão liberados, além do banho de mar, parques abertos e cachoeiras durante a semana, as academias com aulas coletivas de até quatro pessoas. Também podem funcionar: feiras livres e de artesanatos (respeitando o distanciamento social); o trabalho de ambulantes e barraqueiros nos dias úteis; o funcionamento de bares e restaurantes até 22h, com 40% da capacidade. Atividades não essenciais podem funcionar até 22h, com 40% da capacidade em locais fechados.
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