Descrição de chapéu Coronavírus

Enfermeira é 1ª PM vacinada contra Covid em nova leva de imunização em SP

Governador João Doria deu início à distribuição de cerca de 180 mil doses do imunizante aos agentes de segurança pública nesta segunda-feira (5)

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São Paulo

A 1° tenente Rosemeire Santos de Miranda, 43, professora de tiro defensivo na APMBB (Academia de Polícia Militar do Barro Branco) formada em enfermagem, foi a primeira policial militar vacinada contra a Covid-19 na nova fase de imunização realizada pelo governo de São Paulo.

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A tenente Rosemeire Santos de Miranda, primeira policial militar vacinada contra a Covid-19, ao lado do governador João Doria - Governo do Estado de São Paulo

"Nós não paramos em nenhum momento. É importante recebermos a vacina porque estamos na linha de frente, e também podemos ser vetores de transmissão do vírus. Agora, estamos mais seguros para fazer o nosso trabalho", disse a tenente após receber a primeira dose da vacina na APMBB, na Água Fria, na zona norte de São Paulo, em um evento que contou com a presença do governador João Doria (PSDB).

A partir desta segunda-feira (5), serão vacinados todos os agentes de segurança pública do estado que estão na ativa. Vão receber a injeção profissionais das polícias Civil, Militar e Técnico-Científica, Corpo de Bombeiros, agentes penitenciários, guardas civis metropolitanos, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), serão disponibilizadas 180 mil doses do imunizante em 76 unidades da Polícia Militar. Na cidade de São Paulo, serão 21 pontos de vacinação em unidades da corporação.

"[Os policiais] Estão em contato com a população e também enfrentam os riscos [da contaminação]", afirmou o governador em entrevista coletiva na APMBB.

A inclusão dos profissionais de segurança na fila prioritária da vacinação, feita por alguns governadores, é vista por muitos analistas como uma maneira de agradar o grupo que compõe parte significativa da base bolsonarista. Doria é pré-candidato ao Planalto em 2022 e pode vir a concorrer contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A vacinação dos agentes de segurança deixa um pouco para trás pessoas com doenças crônicas e outras comorbidades que as tornam mais vulneráveis ao coronavírus.

Segundo Doria, todos os agentes elegíveis para receber as doses serão vacinados até o dia 15 de abril.

Mais cedo, o governador havia participado de uma entrega de vacinas no Instituto Butantan. Foram enviadas ao Ministério da Saúde mais 1 milhão de doses da Coronavac, usada contra o Sars-CoV-2. Os imunizantes são encaminhados ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) para serem distribuídos proporcionalmente entre os estados.

Com a entrega das vacinas nesta segunda, o total de unidades de imunizantes repassados pelo governo de São Paulo ao Ministério da Saúde chega a 37,2 milhões de unidades. Os envios tiveram início em 17 de janeiro.

Desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, a Coronavac é processada e envasada pelo Instituto Butantan através de um acordo entre o governo de São Paulo com a empresa.

Segundo o governo de São Paulo, até o fim de abril o Instituto Butantan deve entregar 46 milhões de doses da vacina. As doses repassadas até o momento já representam cerca de 80% desse montante.

Em agosto, o total deve chegar aos 100 milhões contratados pela pasta. Novos lotes do IFA (insumo farmacêutico ativo), a matéria prima para a vacina vinda da China, devem ser entregues até o fim de março ou início de abril, segundo o Butantan.

A vacinação contra a doença é uma das maiores prioridades do combate à pandemia em meio às mortes causadas pelo vírus no país. A Coronavac é, cada vez mais, a principal esperança na campanha de vacinação nacional.

A outra vacina disponível no Brasil, produzida por uma parceria entre a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e a Universidade de Oxford, é processada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) por meio de um acordo bancado pelo governo federal. Mas a produção tem sofrido atrasos consecutivos, e as estimativas de entregas do imunizante são constantemente reduzidas.

Profissionais da Educação

No dia 12, começa a vacinação dos profissionais da Educação em todo o estado. Serão imunizadas 350 mil pessoas, entre professores e demais funcionários de escolas estaduais, municipais e privadas com mais de 47 anos.

De acordo com o governo, esse público representa 40% de todos os profissionais da educação básica em São Paulo. Para evitar fraudes, os funcionários de escolas particulares terão de apresentar os dois últimos contracheques no momento da vacinação.

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