SP anuncia vacinação de 60 a 64 anos; confira as datas

Público de 63 e 64 será imunizado a partir de 29 de abril, e pessoas de 60 a 62, a partir de 6 de maio

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São Paulo

O governo João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (14) que pessoas de 60 a 64 poderão ser vacinadas contra a Covid-19 no fim de abril e no começo de maio em São Paulo.

O anúncio foi feito no Palácio dos Bandeirantes, na zona oeste de São Paulo, em entrevista coletiva sobre medidas contra a pandemia de coronavírus.

Pessoas de 63 e 64 serão vacinadas a partir de 29 de abril —trata-se de um contingente de 840 mil pessoas. Já aquelas entre 60 e 62 a partir de 6 de maio —o público é de 1,4 milhão de pessoas.

Além disso, em 21 de abril, será vacinada a faixa etária de 65 e 66 anos. Nesta semana, está sendo vacinada a população de 67 anos.

A vacinação do público de 60 a 64 anos dependerá do envio da vacina de Oxford, cuja entrega, feita pela Fiocruz, tem sofrido atrasos.

"A vacinação dependerá da entrega da vacina AstraZeneca da Fiocruz. A Fiocruz anunciou e informou o governo do estado de São Paulo, os governadores e o Ministério da Saúde sobre a entrega da vacina. Essas pessoas nessas faixas etárias estarão sendo vacinadas majoritariamente com a vacina da Fiocruz, mas também com a vacina do Butantan", disse João Doria.

Segundo Regiane de Paula, coordenadora de imunização do estado, pessoas com comorbidades deverão ser vacinadas após a imunização das pessoas acima de 60 anos.

Doria também afirmou que o Butantan já entregou 40,7 milhões de doses ao Ministério da Saúde para serem distribuídas à população do país.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou que o órgão receberá 3.000 litros de material para fabricação da Coronavac até o dia 19. Com isso, será possível produzir mais de 5 milhões de doses de vacina.

Há um atraso no cronograma inicial de chegada dos insumos. Um lote de 6.000 litros dos insumos estava previsto para a primeira semana de abril, mas eles foram divididos pela metade —daí vêm os 3.000 litros previstos para este mês. A outra remessa ainda precisa de autorização na China.

Doria repercutiu o anúncio do governo federal de 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer até junho. "É muito bom ter anúncios, mas é melhor ter vacinas. Até agora ouço sempre anúncios, enxurrada de vacinas. O fato é que até agora a única enxurrada de vacinas que tivemos foi com as do Butantan, e não as prometidas pelo Ministério da Saúde", disse o governador.

Doria também falou sobre a CPI da Covid-19: "Nosso apoio à CPI no Senado para avaliar aquilo que o governo federal deixou de fazer", disse Doria. "Se tiver que envolver análise de recursos aos estados, que o faça. Aqui em São Paulo não temos nada a temer."

O governador também responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por "parcela considerável" das mortes na pandemia, repercutindo a frase do presidente sobre esperar uma sinalização do povo para tomar providências. Doria também afirmou que a frase foi dita a apoiadores de Bolsonaro "malucos como ele".

Segundo o governo, 85.475 pessoas morreram durante a pandemia no estado. Nas últimas 24 horas, foram 1.095.

Em meio a medidas mais restritivas de isolamento social, o governo afirmou que há redução nos índices da doença.

A taxa de ocupação das UTIs no estado vem caindo e chegou a 86,4%. Na Grande São Paulo, ela é de 84,9%.

"No comparativo semanal, o número de casos teve uma elevação de 5%, bastante reduzida em relação ao que vínhamos apresentando nas semanas anteriores. E a taxa de internação, essa é muito importante, refletindo o momento atual do controle da pandemia no estado, teve uma queda de 17,4%", disse o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn.

As mortes subiram 13% e, segundo governo, os óbitos não configuram o momento atual da dinâmica da epidemia no estado.

O secretário falou também sobre o atraso nos medicamentos do chamado kit intubação, alvo de nove ofícios para o Ministério da Saúde.

"Nós precisamos que o governo não só responda os ofícios mas responda de forma ativa. Precisamos ter estoque para muito mais tempo dessas medicações, especialmente no momento tão dramático, com grande números de internados na UTI e intubados", disse Gorinchteyn.

Doria disse que foi um grave erro do Ministério da Saúde confiscar das farmacêuticas insumos para medicamentos usados na intubação. "O governo federal entregou uma quantidade mínima, inexpressiva, dos insumos que estavam sendo comprados pelos estados e municípios de forma regular e até então sem nenhum grande problema", disse Doria. Segundo ele, foi autorizada a compra internacional dos insumos.

Outro anúncio do governo estadual é que a gratuidade de refeições para moradores de rua foi prorrogada até 31 de julho.

O governo deu ainda números da força-tarefa para fechamento de festas clandestinas. Foram flagradas 2.475 festas clandestinas na cidade de São Paulo, em 69 mil fiscalizações.

CALENDÁRIO EM SÃO PAULO

  • 65 e 66 anos - 21 de abril
  • 63 e 64 anos - 29 de abril
  • 60, 61, 62 - 6 de maio

Categorias e faixas etárias já atendidas até agora

  • Trabalhador de saúde, indígenas e quilombolas - 17 de janeiro
  • Acima de 90 anos - 8 de fevereiro
  • Entre 85 e 89 anos - 12 de fevereiro
  • Entre 80 e 84 anos - 27 de fevereiro
  • Entre 77 e 79 anos - 3 de março
  • Entre 75 e 76 anos - 15 de março
  • Entre 72 e 74 anos - 19 de março
  • Entre 69 e 71 anos - 26 de março
  • 68 anos - a partir de 2 abril
  • 67 anos - a partir de 14 de abril
  • Policiais e agentes penitenciários - a partir de 5 de abril
  • Professores do ensino básico (infantil, fundamental e médio) - a partir de 12 de abril
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