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Quatro medicamentos de 'kit intubação' estão em falta no Rio

Governo estadual afirma que hospitais têm sido abastecidos frequentemente

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Rio de Janeiro

Um relatório interno na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, com data da sexta-feira (21), afirma que não há em estoque quatro itens do kit de intubação destinado a pacientes de Covid-19. São bloqueadores neuromusculares e sedativos necessários ao tratamento de pacientes intubados.

Segundo o documento, que consta de processo para aquisição emergencial de medicamentos, naquele momento já não havia “nenhum quantitativo em estoque” para os seguintes itens: o bloqueador neuromuscular cisatracúrio (2mg/ml, 5ml), o analgésico fentanila (0,05mg/ml, 10ml), o sedativo propofol (10mg/ml, 100ml) e o naloxona (0,4mg/ml, 1ml), que reverte o efeito dos sedativos.

“Portanto, quanto ao questionamento de estimativa de cobertura de tais fármacos, não há qualquer cobertura temporal”, afirma o relatório, elaborado pela Superintendência de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da Secretaria de Saúde.

O documento, antecipado pelo Globo e obtido pela Folha, traz a série histórica de consumo desses medicamentos desde agosto de 2020 e ressalta: “Importante registrar que nos últimos levantamentos foi identificada tendência acentuada de elevação do consumo”.

Paciente com suspeita de Covid chega a hospital em Duque de Caixas, no Rio - Pilar Olivares - 20.mai/Reuters

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informa a distribuição de novo lote de remédios a partir desta quarta-feira (26) e afirma que “a falta de algum item específico não representa, necessariamente, que o hospital esteja sem alternativas viáveis para tratar pacientes intubados, podendo lançar mão de outros medicamentos da mesma classe terapêutica ou em diferente apresentação (volume) para substituição”.

O Governo do Rio diz ainda que a falta de algum medicamento no estoque central não significa que as unidades hospitalares estejam desabastecidas, “uma vez que os itens do 'kit intubação' devem ser adquiridos pelos hospitais e pelas secretarias municipais de Saúde”.

“As compras realizadas pela SES e pelo Ministério da Saúde têm caráter emergencial, dentro de uma política de contingenciamento, em apoio à crescente demanda do momento. Nesse sentido, a SES está empenhando todos os esforços em busca de alternativas viáveis para manter o abastecimento de unidades de saúde que atendem pacientes em tratamento de Covid-19 com anestésicos, sedativos e relaxantes musculares utilizados no processo e na manutenção da intubação de pacientes.”

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