China confirma primeiro contágio humano de cepa da gripe aviária

Órgão chinês diz que risco de propagação em larga escala é muito baixo

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Pequim | AFP

A China informou, nesta terça-feira (1º), a descoberta do primeiro contágio humano no mundo da cepa H10N3 de gripe aviária, mas disse que "o risco de uma propagação em grande escala é extremamente baixo".

Um homem de 41 anos deu entrada em um hospital apresentando febre, na cidade de Zhenjiang, no leste da China, em 28 de abril, e foi diagnosticado com H10N3 um mês depois, declarou a Comissão Nacional de Saúde chinesa (NHC) em um comunicado.

O homem afetado se encontra em condição estável e seus contatos estreitos não registraram "anormalidades", acrescentou a comissão.

Um homem coloca um frango dentro de um saco plástico em um mercado de alimentos no centro de Xangai, China. As autoridades chinesas abatem mais de 20.000 aves em um mercado de aves em Xangai em combate contra a gripe aviária.
Um homem coloca um frango dentro de um saco plástico em um mercado de alimentos no centro de Xangai, China; a autoridades chinesas abatem mais de 20 mil aves em um mercado de aves em Xangai em combate contra a gripe aviária - Carlos Barria - 05.abr.13/Reuters

A NHC classificou o H10N3 como um patógeno de baixa gravidade em aves, com poucas probabilidades de causar morte, ou doenças graves.

Segundo a comissão, até agora não se havia registrado no mundo qualquer contágio humano de H10N3.
Na China, foram detectadas várias cepas de gripe aviária em animais, mas a infecção em pessoas é pouco comum.

A última epidemia de gripe aviária no gigante asiático foi no final de 2016 e 2017, com o vírus H7N9, que contaminou 1.668 pessoas e causou a morte de 616 desde 2013, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

Recentemente, uma carta publicada por pesquisadores no prestigioso periódico especializado Science, bem como investigações sob os auspícios do governo americano, colocam em questão a possibilidade de que o vírus poderia ter vindo de um laboratório de Wuhan, na China, e não diretamente de um hospedeiro animal na natureza —mais especificamente de um mercado de animais em Wuhan.

Mas ainda não há evidências diretas de vazamento laboratorial, nem propriamente dados novos.

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