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Bancários e funcionários dos Correios são incluídos em grupo prioritário de vacinação contra Covid

Medida ocorre em momento em que estados e municípios já aplicam doses por faixas etárias

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Brasília

O Ministério da Saúde decidiu incluir bancários e funcionários dos Correios no grupo prioritário de vacinação contra a Covid.

A medida foi anunciada nesta terça-feira (6) pelo ministro Marcelo Queiroga (Saúde) e pelos presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, e dos Correios, Floriano Peixoto.

Segundo o ministério, a decisão ocorreu após reunião com representantes das categorias.

"Recebemos há cerca de três semanas uma demanda dos servidores bancários e também dos Correios e Telégrafos para que eles fossem incluídos na categoria prioritária do Programa Nacional de Imunização", disse Queiroga, segundo quem a decisão foi tomada após análise de dados do setor.

"Hoje tivemos uma posição definitiva para que fossem incluídos", completou.

Trabalhadores dos Correios fazem manifestação em Brasília - Pedro Ladeira - 21.set.2020/Folhapress

A inclusão ocorre em um momento em que a maioria dos estados e municípios já aplicam doses por faixas etárias.

Dados de informes técnicos do ministério também mostram que já foram enviadas doses para a maioria dos grupos prioritários anteriores —os últimos são os trabalhadores industriais.

Com isso, em tese, os bancários e funcionários poderiam já entrar na sequência da lista. A organização da vacinação, no entanto, depende dos estados e municípios, que podem fazer alterações na previsão.

A previsão é que uma nota técnica sobre a inclusão das novas categorias seja publicada na sexta-feira (9).

De acordo com Fausto Ribeiro, são hoje no Brasil 500 mil bancários, sendo 90 mil no Banco do Brasil.

Segundo ele, aproximadamente metade do universo de bancários está em home office. O governo anunciou que a priorização deve abarcar funcionários em trabalho presencial e os que estão desempenhando suas funções de forma remota.

Em nota, representantes dos bancários e dos funcionários dos Correios comemoraram a inclusão. O argumento dos dois setores era que as categorias estavam entre as mais expostas a uma possível contaminação.

"Apresentamos os argumentos e trouxemos, inclusive, um parecer médico com as características do trabalho bancário na agência, que é um ambiente de trabalho fechado, sem ventilação natural, por conta da segurança. Apresentamos também os dados que mostram um aumento de 176% dos desligamentos por morte na categoria", disse em nota Ivone Silva, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, sobre o encontro.

Segundo o sindicato, os dados que apontam um possível aumento nas mortes são de levantamento feito pelo Dieese a partir do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O levantamento não especifica as causas dos óbitos.

O setor argumenta, no entanto, que o aumento nas mortes em meio a pandemia —momento em que a média mensal passou de 18,3, no primeiro trimestre de 2020, para 52 no mesmo período de 2021— torna possível inferir que há relação com a Covid.

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