Descrição de chapéu Coronavírus

SP registra menos de mil novas internações por Covid em um dia pela 1ª vez em 2021

Dados do governo paulista mostram uma média móvel de 998, 70% inferior ao pior momento da pandemia

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São Paulo

O estado de São Paulo registrou neste sábado (7) menos de mil internações por Covid-19, uma marca inédita neste ano para os novos casos internados em um dia. A média ficou em 998, segundo o governo paulista.

Houve uma redução de 70% em relação ao pior momento da pandemia, na última semana de março. Mais da metade da população (61%) do estado tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Segundo a gestão estadual da saúde, há menos de 5.000 pessoas internadas em leitos de terapia intensiva, marca que não era atingida desde 3 de janeiro de 2021.

Ao todo, existem hoje 9.457 pacientes internados no estado, sendo 4.566 em leitos de enfermaria e 4.891 em UTI. As taxas de ocupação estão em 46,6% no estado e de 42,7% na Grande São Paulo.

De acordo com a gestão estadual, foi alcançada ainda a menor média móvel de novos casos do ano, chegando a 7.982, menos da metade que do registrado na segunda semana de junho, auge das novas infecções da série histórica completa.

O número também está abaixo do patamar verificado no pico da primeira onda, em 2020, quando variou de 9.636 a 10.828, entre julho e agosto.

A atual média móvel de novas mortes é de 240, três vezes inferior ao recorde verificado na segunda onda (813). Também é menor às médias registradas no pico da primeira onda da pandemia (variou de 244 a 278 entre junho e agosto de 2020), segundo nota da Secretaria de Estado da Saúde.

Devido ao arrefecimento das internações e mortes por Covid, o governador João Doria (PSDB) anunciou na última quarta (4) que manterá o plano de retirar todas as restrições de funcionamento dos comércios e serviços a partir de 17 de agosto. Outros estados e municípios também já anunciaram planos de reabertura das atividades econômicas.

Para especialistas, porém, a decisão é considerada imprudente e irresponsável devido ao avanço da variante delta no país. Na avaliação deles, o país ainda não tem controle da transmissão do vírus nem patamar seguro de pessoas vacinadas para flexibilizar as regras de distanciamento.

Na última quarta, a cidade de São Paulo também registrou a menor taxa de ocupação (38%) dos leitos exclusivos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19. Essa marca não era vista desde o dia 15 de novembro do ano passado.

Mas, segundo projeções da Fiocruz, as hospitalizações de idosos acima de 80 anos por Covid-19 voltaram a subir em São Paulo e no Rio de Janeiro. Após meses de queda ou estabilidade, os números nesses estados dão sinais de alta há cerca de um mês, na contramão das outras faixas etárias.

Os dados mostram que as internações dos octogenários ou mais velhos provavelmente aumentaram de 666, na última semana de junho, para 985 na semana passada entre os paulistas (+48%). Entre os fluminenses, o crescimento deve ser ainda maior, de 315 para 595 no mesmo período (+89%).

Para os especialistas, os dados acendem um alerta sobre um possível efeito da circulação da variante na capital. A prefeitura de SP informou que vai manter leitos públicos abertos para receber eventuais pacientes de uma possível terceira onda da doença.

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