Europa avalia terceira dose de vacina contra Covid a partir dos 16 anos

Agência reguladora pretende anunciar nas próximas semanas se vai recomendar ou não a aplicação do reforço

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Bruxelas

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) começou nesta segunda-feira (6) uma avaliação acelerada sobre a aplicação de uma dose de reforço de vacina contra Covid para pessoas com 16 anos ou mais.

O esquema em estudo é uma terceira dose de vacina produzida pela Pfizer, administrada seis meses após a imunização completa. A EMA chama esse procedimento de reforço de vacinação, porque seu objetivo é restaurar, em pessoas saudáveis, os níveis de imunidade que podem ter baixado ao longo do tempo.

Dois frascos de vacina em frente a fundo azul, com uma seringa à frente
Frascos de vacina anti-Covid da Pfizer e da Moderna, cujo uso como reforço ou terceira dose está em avaliação na Europa - Dado Ruvic - 19.mar.2021/Reuters

A agência também está avaliando a recomendação de uma terceira dose de vacina m-RNA (Pfizer ou Moderna) como parte do programa básico de imunização de pessoas com baixa imunidade, que não alcançam um nível adequado de proteção com o esquema padrão.

Doses extras de vacina são aplicadas em cerca de 30 países —inclusive no Brasil—, para diferentes grupos populacionais, mas cientistas e entidades como a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmam que ainda faltam evidências sobre sua segurança e eficácia.

O comitê de medicamentos humanos da EMA vai avaliar resultados de um ensaio clínico em curso, no qual cerca de 300 adultos com sistema imunológico saudável ​​receberam uma dose de reforço aproximadamente 6 meses após o segunda dose.

De acordo com a agência, o resultado deve sair “nas próximas semanas”.

A EMA também comunicará os resultados dessas avaliações em devido tempo. Por enquanto, a agência endossa o relatório técnico divulgado na semana passada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), segundo o qual uma dose extra para pessoas saudáveis não é urgente.

As entidades ressalvam porém que a decisão deve ser tomada pelos grupos de aconselhamento de cada país, com base em dados específicos sobre a epidemiologia da doença, a capacidade do sistema de saúde, o avanço da vacinação básica e a disponibilidade de imunizantes.

A agência europeia autoriza, em caráter emergencial, o uso do fármaco da Pfizer em pessoas com 12 anos ou mais. Um processo de recomendação definitiva está em curso.

O governo italiano afirmou na semana passada que, após essa decisão, pode tornar obrigatória a imunização contra Covid de todos os habitantes adultos do país.

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