Descrição de chapéu Coronavírus

Pfizer começa a testar pílula para prevenir Covid

Farmacêutica pretende encontrar remédio que ajude pessoas mais expostas ao vírus; pesquisa avalia combinação com fármaco usado contra o HIV

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Washington | AFP

A farmacêutica norte-americana Pfizer disse nesta segunda-feira (27) que iniciou os ensaios clínicos de fase intermediária e avançada de uma pílula para prevenir a Covid-19 em pessoas expostas ao vírus.

Várias empresas trabalham em possíveis antivirais orais, que imitariam o que o medicamento Tamiflu faz contra a gripe e evitariam que a doença progredisse para um estado grave.

"Acreditamos que o combate ao vírus exigirá tratamentos eficazes para as pessoas que contraírem ou forem expostas ao vírus, complementando o impacto que as vacinas tiveram", disse Mikael Dolsten, chefe de pesquisa científica da empresa.

Homem com escudo facil e máscara passa em frente ao logo da Pfizer
Homem com escudo facil e máscara passa em frente ao prédio da Pfizer, em Nova York - Kena Betancur - 11.mar.2021/AFP

A Pfizer começou a desenvolver esse medicamento, batizado de PF-07321332, em março de 2020 e está avaliando-o em combinação com o ritonavir, que já é usado contra o vírus da Aids.

Em março de 2021, a Pfizer deu início a um estudo de Fase 1 em adultos saudáveis para avaliar a segurança, tolerabilidade e farmacocinética deste composto experimental.

O ensaio clínico envolverá 2.600 adultos que participarão dos testes assim que apresentarem sinais de infecção por Covid-19 ou assim que souberem que foram expostos ao vírus.

Eles receberão aleatoriamente uma combinação de PF-07321332 e ritonavir, ou um placebo, duas vezes ao dia por cinco a dez dias.

O objetivo do teste é determinar a segurança e eficácia dos medicamentos na prevenção de uma infecção por Sars-CoV-2 –o vírus que causa a Covid-19– e o desenvolvimento de sintomas até o 14º dia após a exposição.

A pílula é conhecida como um "inibidor da protease" e, em testes de laboratório, demonstrou interromper o efeito de replicação do vírus.

Se funcionar na vida real, pode ser eficaz apenas nos estágios iniciais da infecção. A partir do momento em que a Covid progride para um estado grave, o vírus basicamente parou de se replicar e os pacientes sofrem de uma resposta imunológica hiperativa.

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