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Brasil chega a 100 milhões de pessoas com esquema vacinal completo contra Covid

País também registrou 201 mortes e mais de 8 mil casos da doença

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São Paulo

O Brasil superou nesta quarta-feira (13) a marca de 100 milhões de pessoas com esquema vacinal contra a Covid completo —ou seja, aqueles que receberam ou a dose única da Janssen ou as duas doses de outro imunizante.

O país agora tem 100.499.968 de pessoas nessa situação, de acordo com os números do consórcio de veículos de imprensa. O valor representa 62% da população adulta ou 47,11% da população total do Brasil.

Os 100 milhões vieram 58 dias após a marca de 50 milhões de pessoas com esquema vacinal completo, o que ocorreu em 16 de agosto.

Profissional de saúde aplica vacina contra a Covid em São Paulo - Rahel Patrasso - 26.jul.2021/Xinhua

Dessa forma, o país é mais um na lista das nações mais populosas a ultrapassar a marca de mais de 100 milhões de pessoas totalmente imunizadas —importante lembrar que a imunização completa só ocorre, em média, 15 dias após a segunda dose.

Além do Brasil, os EUA (com mais de 330 milhões de habitantes), a China (mais de 1,4 bilhão) e a Índia (mais de 1,3 bilhão) também já completaram o esquema de vacinação em mais de 100 milhões de pessoas, de acordo com dados do site Our World in Data e de veículos de notícias internacionais.

Nos EUA, por exemplo, dados do CDC (Centro de Controle de Doenças) mostram que, nesta quarta, o país registra 187 milhões de pessoas totalmente vacinadas, o que representa quase 57% da população americana e 66,2% das pessoas com mais de 12 anos (que é a faixa etária a partir da qual a vacina da Pfizer foi liberada para uso nos EUA e no Brasil) e 68% dos que têm mais de 18 anos.

Apesar de ter uma maior proporção de sua população vacinada com o esquema completo na comparação com o Brasil, os EUA vêm enfrentando uma diminuição no ritmo de vacinação e um aumento da resistência de parte da população a se imunizar. Até mesmo de figuras de destaque, como o astro da NBA Kyrie Irving, tem se recusado a receber as doses contra a Covid.

O impacto da redução de velocidade e de hesitação vacinal fica mais evidente ao se ver as porcentagens de primeiras doses. Nos EUA, com ampla oferta de imunizantes, mais de 202 milhões de doses iniciais foram aplicadas, o que representa 78,5% da população adulta.

Em breve, o Brasil atingirá a marca de 150 milhões de primeiras doses, o que representa 92,51% da população com mais de 18 anos (ou 70,29% da população total).

O aumento de velocidade na vacinação brasileira pode ser visto na demora para o país chegar aos 50 milhões de pessoas com esquema vacinal completo: 211 dias, considerando como início da vacinação contra a Covid a aplicação da Coronavac na enfermeira Mônica Calazans, em São Paulo, no dia 17 de janeiro.

Os primeiros meses da campanha vacinal foram marcados por sucessivos atrasos na entrega dos imunizantes da AstraZeneca pela Fiocruz, atualmente os mais usados no país. Isso fez com que a Coronovac guiasse o início da vacinação brasileira. A demora pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) para aquisição de outros imunizantes, como o da Pfizer e da Janssen, também contribuíram para a lentidão inicial.

A Índia, que assim como o Brasil apresentou um início de vacinação lento, já chegou a mais de 270 milhões de segundas doses aplicadas. No fim de setembro, cerca de 25% da população do país já estava totalmente vacinada.

A China, por sua vez, é disparado o país com mais segundas doses aplicadas. Em meados de setembro, o país asiático anunciou que já havia mais de 1 bilhão de pessoas no país com esquema vacinal completo contra a Covid, o equivalente a mais de 70% de sua população.

Segundo dados do Comitê Nacional de Saúde da China, até está quarta, 2,22 bilhões de doses da vacinas contra a Covid já foram aplicadas em seu território. O país é um dos principais exportadores de matéria-prima para fabricação de vacinas no mundo.

Já os outros dois países que são mais populosos que o Brasil —Paquistão e Indonésia— ficaram para trás, com respectivamente 34 milhões e 58 milhões de segundas doses aplicadas apenas.

Os dados brasileiros, coletados até às 20h desta quarta, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19, também coletados pelo consórcio, foram atualizados em 22 estados e no Distrito Federal.​

Nesta quarta, o Brasil também registrou 201 mortes por Covid e 8.494 casos. Com isso, o país chegou a 601.643 vidas perdidas e 21.596.739 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Aos domingos, segundas e feriados, os dados da pandemia costumam ser menores no país. Com isso, o feriado recente e o consequente atraso de notificação podem ainda estar causando algum impacto nos números da doença.

As médias móveis de mortes e casos são, no momento, de 318 óbitos por dia e de 11.318 infecções diárias. Novamente, vale ressaltar que tais dados acabam influenciados pelos números inferiores que ocorrem durante feriados.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

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