Descrição de chapéu Coronavírus

Vacina da Pfizer tem alta proteção contra Covid para adolescentes, diz estudo

Pesquisa nos EUA levou em conta internações entre jovens de 12 a 18 anos

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Reuters

A vacina contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech foi 93% efetiva para evitar internações entre jovens de 12 a 18 anos, segundo uma análise divulgada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês) dos Estados Unidos nesta terça-feira (19).

O estudo foi conduzido entre junho e setembro, quando a variante delta do coronavírus, altamente contagiosa, era predominante.

Menino recebe a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 em um centro de vacinação em Assunção, no Paraguai
Menino recebe a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 em um centro de vacinação em Assunção, no Paraguai - Norberto Duarte - 23.jul.21/AFP

Os dados de 19 hospitais pediátricos mostraram que, entre os 179 pacientes que foram hospitalizados com Covid-19, 97% não estavam vacinados, fornecendo uma confirmação da eficácia da vacina.

Destes, cerca de 16% foram internados com Covid-19 severa e precisaram de suporte à vida; nenhum deles estava vacinado.

O relatório do CDC se baseia em testes feitos pelas companhias nesta faixa etária que demonstraram alta reação imunológica ao vírus, mas que não foram desenhados para demonstrar a eficácia contra a internação.

A vacina da Pfizer-BioNTech é autorizada para crianças a partir de 12 anos, e as empresas estão buscando autorização para aplicá-las a partir de 5 anos.

Um painel de especialistas que assessoram a Agência de Alimentos e Drogas (FDA na sigla em inglês) esperavam sopesar os dados sobre crianças menores no final deste mês. Uma autorização emergencial poderá ajudar a mitigar um potencial surto de casos neste outono (no hemisfério Norte), com as escolas já abertas em todo o país.

Os dados do CDC "reforçam a importância da vacinação para proteger os jovens americanos contra a Covid-19 severa", disseram os autores do estudo.

VACINAÇÃO DE ADOLESCENTES NO BRASIL

A imunização de adolescentes no Brasil teve idas e vindas nos últimos meses, envolvendo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em junho, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso da vacina da Pfizer em crianças e adolescentes de 12 a 15 anos no país. O imunizante já tinha registro para uso em toda a população maior de 16 anos.

Em setembro, o governo federal mudou as regras da campanha de imunização e passou a recomendar que adolescentes sem comorbidade não fossem vacinados.

Queiroga afirmou que o recuo era por dúvidas sobre a segurança na imunização deste público. Ele também chegou a criticar estados que já estavam aplicando doses em menores de 18 anos.

Integrantes do governo e gestores do SUS dizem que a pressão de Bolsonaro pesou na mudança da campanha de imunização.

Menos de uma semana depois, o Ministério da Saúde recuou novamente e voltou a indicar que adolescentes sem comorbidade recebam a vacina contra a Covid-19, passando a orientar os gestores do SUS para recolocar o grupo de 12 a 17 anos na campanha de imunização.

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