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Pfizer apresenta dados de vacinação de criança contra Covid à Anvisa e deve pedir uso em breve

Farmacêutica deve sugerir dose menor da vacina para grupo de 5 a 11 anos, segundo a agência

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Brasília

A Pfizer apresentou nesta terça-feira (9) dados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exigidos para avaliar o uso de vacinas da Covid em crianças de 5 a 11 anos.

Segundo a agência, o laboratório deve formalizar "em breve" o pedido de aval para aplicação das doses neste grupo.

Ainda não há autorização no Brasil do uso de vacinas para Covid-19 em crianças. Apenas o modelo da Pfizer pode ser aplicado no grupo de 12 a 18 anos.

Criança recebe vacina da Pfizer no estado americano da Virgínia depois da liberação da aplicação pelo governo dos EUA
Criança recebe vacina da Pfizer no estado americano da Virgínia depois da liberação da aplicação pelo governo dos EUA - Chip Somodevilla - 4.nov.2021/Getty Images/AFP

"De acordo com o laboratório, a dose de vacina para as crianças de 5 a 11 anos será ajustada e será menor que a dose para maiores de 12 anos devido a uma nova formulação desenvolvida pela empresa", informou a Anvisa sobre a reunião feita com a Pfizer de "pré-submissão" do pedido de uso da vacina nos mais jovens.

"A Pfizer indicou que o pedido será apresentado em breve, mas a data exata depende do laboratório", disse ainda a agência reguladora. Há expectativa na Anvisa de que o pedido seja feito ainda em novembro.

A Anvisa terá até 30 dias para analisar o uso da vacina da Pfizer em crianças, prazo contado a partir do pedido formal da Pfizer. Este período pode ser ampliado se a agência cobrar mais dados da farmacêutica.

Os Estados Unidos autorizaram no último dia 2 o uso da vacina da Pfizer em pessoas com idade entre 5 e 11 anos.

O Minsitério da Saúde planeja vacinar as crianças em 2022, caso a Anvisa aprove o uso da vacina neste grupo. A previsão é de que 70 milhões de doses seriam aplicadas nos mais jovens.

Como a vacina da Pfizer tem registro definitivo no Brasil, a decisão da Anvisa sobre liberar o uso da vacina para crianças é apenas publicada no Diário Oficial da União. Em casos de imunizantes com aval de uso emergencial, como a Coronavac e o modelo da Janssen, os diretores votam pedidos deste tipo em reunião colegiada.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) distorce dados sobre a eficácia e a segurança das vacinas e faz campanha contrária a vacinação dos mais jovens. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a propor impedir a imunização de adolescentes, mas recuou após forte repercussão negativa.

Os diretores da Anvisa receberam ameaças de morte de pessoas contrárias à vacinação das crianças. A agência pediu proteção policial a dirigentes e servidores.

O Instituto Butantan também afirma que vai entrar com um novo pedido na Anvisa para a aprovação do uso da Coronavac em crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos. Em agosto a agência rejeitou o primeiro pedido do laboratório paulista.

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