A Pfizer afirmou nesta terça-feira (16) que concluiu o pedido de autorização nos Estados Unidos para o uso emergencial de seu comprimido anti-Covid, o paxlovid.
Foi entregue também o ensaio clínico que mostrou como o medicamento reduz em 89% a chance de hospitalização ou morte de adultos que apresentam risco de desenvolver a forma severa da doença.
Não se sabe ainda quando a FDA (agência que aprova medicamentos nos EUA) decidirá sobre o pedido da Pfizer. A Merck (conhecida como MSD no Brasil) e a Ridgeback Biotherapeutics, que estão desenvolvendo uma pílula concorrente, o molnupiravir, concluíram a submissão nos EUA em 11 de outubro.
Um painel de consultores externos do FDA se reunirá para considerar esse pedido em 30 de novembro, e espera-se que o medicamento esteja disponível ainda este ano.
"Estamos avançando o mais rápido possível em nosso esforço para colocar esse potencial tratamento nas mãos dos pacientes e esperamos trabalhar com o FDA dos Estados Unidos na revisão de nossa aplicação, junto com outras agências regulatórias em todo o mundo", afirmou em comunicado Albert Bourla, presidente-executivo da farmacêutica.
O tratamento da Pfizer, em combinação com o ritonavir, consiste de três pílulas ministradas em duas doses diárias. A empresa planeja produzir mais de 180 mil doses até o mês que vem e mais 50 milhões, pelo menos, até o fim de 2022.
A farmacêutica, com sede em Nova York, disse que iniciou o processo de obtenção de autorização em vários países, incluindo Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Coréia do Sul, e que planeja novas submissões internacionais.
Nesta terça, a Pfizer disse que permitirá que fabricantes de genéricos forneçam sua pílula anti-Covid a 95 países de baixa e média renda por meio de um acordo de licenciamento com o grupo internacional de saúde pública Medicines Patent Pool (MPP).
Entre os beneficiários do acordo estão Bolívia, El Salvador, Haiti, Índia, Indonésia, Nigéria e Venezuela. O Brasil não consta da lista.
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