O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (24) já ter participado da consulta pública do Ministério da Saúde sobre vacinação de crianças, e defendeu a proposta do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de exigir prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos.
"Eu não sou médico, mas tenho uma filha de 11 anos. Mas já tinha respondido, tenho um médico do meu lado aqui [governador de Goiás, Ronaldo Caiado]. Eu acho que qualquer procedimento tem que passar pelas mãos do médico, tá ok?", disse o presidente a jornalistas no Palácio da Alvorada.
A diretriz anunciada por Queiroga na véspera atende justamente a um pedido do presidente. No final de semana, Bolsonaro havia dito que pediu ao ministro exigência de receita médica e termo de responsabilidade dos pais para implementar a medida.
O chefe do Executivo contou ainda que participou da consulta pública do Ministério da Saúde.
"É uma coisa legal, já se faz naturalmente. Eu, inclusive, acabei de participar. Preenchi, como cidadão, dei minha opinião", afirmou.
Parte das 19 perguntas da Saúde estão alinhadas com o que o ministério tem dito sobre vacinação para este público, como exigência de prescrição médica para imunizar crianças. Elas devem ficar disponíveis para contribuição até 2 de janeiro.
Depois de a consulta ir ao ar nesta manhã, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi às redes sociais falar em defesa da vacinação de crianças para não "comprometer o futuro do Brasil".
"Lutamos no Congresso Nacional para que todos os brasileiros tivessem acesso à vacina e fossem imunizados. E parte significativa da população brasileira já se vacinou", escreveu em suas redes sociais.
"Com as crianças não deve ser diferente. Não podemos comprometer o futuro do Brasil", completou.
Pacheco, que é apontado como pré-candidato ao Planto, no entanto, evitou criticar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga
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