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Dose de reforço da Janssen reduz hospitalização da ômicron, diz estudo

Pesquisa realizada na África do Sul reitera ideia de que reforço é essencial contra a cepa

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Wendell Roelf
Cidade do Cabo | Reuters

Uma dose de reforço da vacina contra Covid-19 da Janssen se mostrou 84% eficaz na prevenção de hospitalizações de profissionais de saúde sul-africanos que foram infectados durante a disseminação da variante ômicron, disseram pesquisadores nesta quinta-feira (30).

O estudo empírico, que ainda não foi revisado pela comunidade científica, se baseou em uma segunda dose da vacina da Janssen administrada a 69.092 profissionais entre 15 de novembro e 20 de dezembro.

Pessoa prepara vacina
Enfermeiro prepara uma vacina da Janssen em Berlim - Tobias Schwarz - 30.ago.21/AFP

Ficou comprovado que um regime inicial de inoculação com dose única oferece uma proteção muito reduzida contra a ômicron, que está se proliferando rapidamente em muitos países depois de ser identificada no final de novembro no sul da África e em Hong Kong.

Mas vários estudos levam a crer que uma dose de reforço oferece uma proteção considerável contra doenças graves causadas pela variante.

O estudo sul-africano indicou que a eficácia da vacina da farmacêutica na prevenção de hospitalizações subiu de 63%, pouco depois de um reforço ser administrado, para 84%, após 14 dias. A eficácia chegou a 85% entre um e dois meses depois do reforço.

"Isto nos confirma que as vacinas contra Covid-19 continuam a ser eficazes para o propósito para o qual foram criadas, que é proteger as pessoas contra doenças graves e mortes", disse Linda-Gail Bekker, uma das pesquisadoras do estudo.

"Este é mais um indício de que não perdemos aquele impacto, mesmo diante de uma variante que sofreu muita mutação".

Bekker disse que ainda não se tem uma decisão sobre vacinas de reforço adicionais da Janssen.

"O que estamos mostrando é que duas doses realmente restauram a proteção total, e não acho que possamos depreender disto que precisaremos de um terceiro ou um quarto reforço".

Pesquisadores disseram que sua análise teve várias limitações, como períodos de acompanhamento curtos, que foram em média de oito dias para profissionais de saúde que haviam recebido o reforço nos 13 dias anteriores ou 32 dias para aqueles que haviam recebido o reforço entre um e dois meses antes, o que pode distorcer a eficácia geral da vacina.

Outro estudo realizado na África do Sul neste mês mostrou que uma primeira rodada de inoculação com duas doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech foi menos eficaz no país para manter pessoas infectadas com o vírus fora do hospital desde que a variante ômicron surgiu.

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