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Pfizer prevê pandemia até 2024 e diz que vacina para crianças de 2 a 4 anos atrasou

Terceira dose para menores de 16 anos está em estudo, anunciou também a empresa

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Mrinalika Roy Leroy Leo
Bengaluru (Índia) | Reuters

A Pfizer disse, nesta sexta-feira (17), ter previsão de que a pandemia de Covid-19 não terminará antes de 2024, e que uma versão em dose mais baixa de sua vacina, para crianças de dois a quatro anos, produziu uma resposta mais fraca do sistema imune do que se esperava, potencialmente atrasando a autorização.

A companhia disse que está testando um tratamento de três doses da vacina em todos os grupos etários abaixo de 16 anos, incluindo os de dois a quatro.

A farmacêutica esperava obter dados desse grupo neste ano e não previa que o atraso pudesse modificar significativamente os planos de pedir a autorização de uso emergencial da vacina no segundo trimestre de 2022.

Criança recebe vacina da Pfizer contra a Covid em Paris - Geoffroy van der Hasselt/AFP

"Os dados estão ilustrando o impacto de um reforço e que nossa vacina funciona melhor com um regime básico de três doses", disse o diretor científico Mikael Dolsten em uma teleconferência.

A Pfizer desenvolveu a vacina contra Covid com a BioNTech, da Alemanha. As companhias vêm criando uma versão de sua vacina sob medida para combater a variante ômicron, de rápida disseminação, embora não tenham decidido se ela será necessária. Elas esperam iniciar um teste clínico da vacina atualizada em janeiro, segundo executivos da Pfizer.

Dolsten, na apresentação a investidores, disse que a empresa prevê que algumas regiões continuem a enfrentar níveis pandêmicos de casos de Covid nos próximos um ou dois anos. Outros países, no entanto, ele disse, farão a transição para "endêmicos", com um número de casos mais baixo e administrável durante o período.

Já em 2024, a doença deve ser endêmica em todo o mundo, projeta a empresa.

"Quando e como exatamente isso acontecerá dependerá da evolução da doença, de quão eficaz é a adoção de vacinas e tratamentos na sociedade e de quão equitativa é a distribuição para locais onde as taxas de vacinação são baixas", disse Dolsten.

"O surgimento de novas variantes também pode impactar a forma como a pandemia continua a se manifestar", acrescentou.

A companhia disse que atualmente espera que a vacina gere receitas de US$ 31 bilhões no próximo ano. Doses específicas para variantes, se necessário, poderão aumentar as vendas em 2022.

A Pfizer e a BioNTech testaram uma dose de três microgramas de sua vacina em crianças de dois a cinco anos, depois de usar uma dose de dez microgramas em crianças de 5 a 11 e doses de 30 microgramas em todos acima de 12.

Em crianças de seis a 24 meses, a versão de baixa dosagem da vacina gerou uma resposta imune consistente com a dos receptores da vacina mais velhos, disse a companhia.

Se o estudo das três doses tiver sucesso, a Pfizer e a BioNTech pretendem submeter os dados aos órgãos reguladores para apoiar uma autorização de uso emergencial para crianças de seis meses até menos de cinco anos no primeiro semestre de 2022.

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