O processo de análise do uso da Coronavac em crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos, entrou na reta final na Anvisa (Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Nesta quinta-feira (13), o prazo de avaliação do pedido do Instituto Butantan voltou ser contado pela órgão regulador.
O prazo havia sido suspenso na terça-feira (11), após a agência solicitar esclarecimentos adicionais acerca do estudo conduzido pelo governo chileno sobre a vacinação desse público contra a Covid-19.
"A avaliação está entrando na fase etapa final e próxima da decisão final. O relatório da área técnica será votado em reunião extraordinária da diretoria colegiada da Anvisa", disse o órgão, em nota.
Nesta quinta, a Anvisa se reuniu com representantes do Instituto Butantan, pesquisadores chilenos, técnicos do laboratório Sinovac e representantes da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), da SBI (Sociedade Brasileira de Imunologia) e da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva).
A atividade faz parte do processo de avaliação do pedido de indicação do imunizante. Na ocasião, foram apresentados e analisados dados de pesquisas e estudos feitos pelo governo chileno durante a aplicação da Coronavac em crianças e adolescentes no Chile.
Os especialistas convidados irão emitir pareceres que serão enviados para a Anvisa.
O Butantan encaminhou no dia 15 de dezembro à Anvisa a documentação sobre o pedido de vacinação de crianças e adolescentes. No dia 22, a agência fez a primeira exigência técnica, travando o prazo de 30 dias de análise.
A agência afirmou que já foram usados 16 dos 30 dias de prazo de análise sobre a aplicação da Coronavac em crianças e adolescentes, ou seja, a agência ainda terá 14 dias para avaliar o pleito do Butantan após a retomada da contagem.
Em agosto, a diretoria da Anvisa negou pedido de uso da Coronavac no grupo de 3 a 17 anos sob argumento de falta de dados.
O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças, caso haja aprovação da Anvisa. Como a vacina é do mesmo modelo aplicado em adultos, estados já se planejam para destinar doses estocadas ao público mais jovem.
A vantagem da Coronavac é a disponibilidade de doses, devido ao fato de que o imunizante parou de ser usado pelo governo federal.
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