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Brasil tem maior média de mortes por Covid desde agosto de 2021

País registrou 946 mortes nesta quarta, maior valor desde 19 de agosto de 2021, e mais de 188 mil casos

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São Paulo

O Brasil chegou à maior média móvel de mortes por Covid desde 31 de agosto do ano passado. São 653 vidas perdidas por dia, aumento de 178% em relação aos dados de duas semanas atrás. No último dia de agosto do ano passado, eram 671 óbitos por dia.

Nesta quarta, o Brasil registrou 946 mortes, maior número em 24 h desde 19 de agosto de 2021, quando 1.030 óbitos foram notificados.

O número de casos permanece nos patamares mais elevados de toda a pandemia. Foram 188.552 pessoas infectadas, nesta quarta, o que fez com que a média móvel de infecções chegasse a 179.962 por dia, aumento de 63%.

O país, assim, chega a 629.078 vidas perdidas e a 25.813.685 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Os dados relativos ao estado de SP são parciais. "A Secretaria de Estado da Saúde informa que nesta quarta (2) não conseguiu fazer a extração da totalidade dos dados de casos, devido ao não funcionamento da API do Ministério da Saúde", diz a secretaria de saúde do estado.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Sepultador com roupa de proteção se apoia sobre pá cravada no solo, em frente a um túmulo
Sepultadores enterram vitima de Covid-19, no cemitério da Vila Formosa, na zona sul de São Paulo - 29.abr.2021 - Lalo de Almeida/Folhapress

Os dados da vacinação contra a Covid-19 foram afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, o que levou a falta de atualização em diversos estados por longos períodos de tempo. Nesta quarta, as informações foram atualizadas em 22 estados e no Distrito Federal.

O consórcio de veículos de imprensa recentemente atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente. ​

O Brasil registrou 3.571.053 doses de vacinas contra Covid-19, nesta quarta. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 491.995 primeiras doses e 787.869 segundas. Também foram registradas 183 doses únicas e 2.291.006 doses de reforço.

O grande número de doses de reforço é resultado, principalmente, de um represamento de dados no Paraná, que ficou sem atualizar dados nos últimos dias.

O Ceará teve registro negativo de segundas doses (-8.879) e de doses únicas (-4.133). Tocantins também teve registro negativo de primeiras doses (-10.805). Por fim, o Maranhão teve registro negativo de doses únicas (-4).

Ao todo, 165.789.371 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil —145.718.531 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 150.416.056 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 77,17% da população com a 1ª dose e 70,02% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 102,48% e 92,98%​​.

O consórcio começou a fazer também o registro das doses de vacinas aplicadas em crianças. A população de 5 a 11 anos parcialmente imunizada (com somente a primeira dose de vacina recebida) é de 10,67%.

Considerando toda a população acima de 5 anos, 82,83% recebeu uma dose e 75,15% recebeu duas doses ou a vacina de dose única da Janssen.

​Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

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