Jovens só precisam de uma dose de vacina contra HPV, diz OMS

Câncer de colo de útero é o quarto que mais afeta mulheres, segundo entidade

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Genebra | AFP

Uma única dose contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer de colo de útero, oferece uma proteção similar a duas doses em menores de 21 anos, afirmaram nesta segunda-feira (11) especialistas em política de vacinação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os diferentes cânceres de colo de útero são quase todos provocados por uma infecção do papilomavírus, sexualmente transmissível.

Há vacinas desde meados dos anos 2000 contra esse vírus, mas até agora são recomendadas duas doses.

Profissional de saúde aplica injeção em paciente
O melhor método de prevenção ao câncer do colo de útero é a vacina contra o HPV (papilomavírus humano) - Rodrigo Nunes - 16.nov.19/Ministério da Saúde

Considerando os últimos dados, o comitê de especialistas da OMS afirmou que uma única dose permite proteger jovens de 9 a 20 anos.

As novas recomendações permitiriam que mais meninas e mulheres fossem vacinadas, "mantendo o nível de proteção necessário", disse o presidente do comitê, Alejandro Cravioto, embora também tenha dito que os planos nacionais de vacinação poderão continuar administrando duas doses se considerarem necessário.

Por outro lado, os especialistas da OMS ainda recomendam duas doses com seis meses de intervalo para as mulheres com mais de 21 anos. "Para as pessoas imunodeprimidas, sobretudo com HIV, recomendamos duas doses, inclusive três", destacou Cravioto.

O câncer de colo de útero é o quarto que mais afeta as mulheres em todo o mundo. Em 2020, a cobertura vacinal com doses no planeta chegou a apenas 13% das mulheres. No mesmo ano, a doença provocou a morte de 340 mil pessoas.

Cerca de 90% dos novos casos e dos óbitos no mundo em 2020 estavam em países com renda média ou baixa.

"A opção de uma única dose é mais barata, consome menos recursos e é mais fácil de administrar", afirmou Princess Nothemba Simelela, vice-diretora-geral da OMS.

"Uma mulher morre a cada dois minutos por essa doença", lembrou o presidente do comitê da OMS.

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