Descrição de chapéu Coronavírus

Saúde autoriza 4ª dose para pessoas com 50 anos ou mais e trabalhadores de saúde

Ministério afirma que distanciamento social e uso de máscaras 'devem ser encorajados'

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Brasília

O Ministério da Saúde liberou neste sábado (4) a quarta dose da vacina contra a Covid-19 para pessoas com 50 anos ou mais e trabalhadores de saúde de todas as idades.

A quarta dose deve ser aplicada quatro meses após a terceira. Para isso, os municípios poderão usar os imunizantes da Pfizer, Janssen ou AstraZeneca, independentemente das vacinas que a pessoa tenha tomado antes.

Algumas cidades —como Brasília, Teresina, Manaus e Macapá— já estavam aplicando a quarta dose no grupo com 50 anos ou mais. Com a nota técnica do Ministério da Saúde, a orientação passa a valer em todo o país.

Agente de saúde em São Paulo prepara vacina para Covid-19
Agente de saúde em São Paulo prepara vacina para Covid-19 - Rivaldo Gomes/Folhapress


Neste sábado (4), o governo do estado de São Paulo informou que a aplicação da quarta dose vai começar na segunda-feira (6). A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que vai disponibilizar novos lotes de vacina no início da semana, conforme solicitação dos municípios e entrega do ministério.

Em uma das notas técnicas publicadas neste sábado (4), o Ministério da Saúde afirmou que "medidas não farmacológicas (distanciamento e uso de máscaras) devem ser encorajadas no atual momento epidemiológico".

A média móvel de casos continua em crescimento acentuado. Nesta sexta-feira (3), a média móvel chegou a 31 mil infecções por dia, valor 112% superior ao de duas semanas atrás. A média de mortes, por sua vez, permanece em estabilidade.

Nos documentos, o ministério elenca diferentes motivos para a aplicação de uma segunda dose de reforço. A pasta ressalta que as vacinas têm "demonstrado redução na proteção com o passar do tempo, mais evidente em faixas etárias mais avançadas".

A área técnica diz ainda que é preciso considerar a possibilidade de que a Covid-19 seja uma doença sazonal, assim como outras viroses respiratórias. Gripes e resfriados, por exemplo, são mais comuns e tendem a se agravar no frio.

As notas ressaltam, por fim, que há "elevada transmissão da doença em muitos países, com aumento de casos graves, hospitalizações e óbitos, observados principalmente em locais em que as coberturas vacinais não atingiram níveis ideais".

Os documentos são assinados pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite de Melo, e pelo diretor do programa da secretaria extraordinária de enfrentamento à Covid, Danilo de Souza Vasconcelos.

A liberação da quarta dose para o grupo com 50 anos ou mais tinha sido anunciada pelo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, na quinta-feira (2) após evento da pasta.

Até então, a quarta dose (ou segunda dose de reforço) tinha sido liberada pelo governo federal apenas para pessoas acima de 60 anos e imunossuprimidos —pessoas em tratamento contra o câncer, transplantados, pacientes que fazem hemodiálise e soropositivos para HIV, por exemplo.

O Ministério da Saúde afirmou que "segue a distribuição equânime e proporcional de vacinas Covid-19 para todo o país, conforme a necessidade de cada unidade federativa".

Segundo o consórcio de veículos de imprensa, 43,6% da população tomou a terceira dose da vacina contra o coronavírus. 85% dos brasileiros tomaram ao menos uma dose e 77%, duas doses.

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