Descrição de chapéu maternidade

Maternidade com parto de R$ 18 mil e pulseira que trava porta é inaugurada em SP

Medidas da São Luiz Star, da Rede D'Or, visam mais segurança para gestante; unidade tem investimento de R$ 500 mi

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São Paulo

A Rede D'Or inaugura na próxima segunda-feira (15) em São Paulo a Maternidade São Luiz Star, um investimento de R$ 500 milhões com foco em alta complexidade e segurança reforçada.

Na esteira de denúncias de violência obstétrica recentemente divulgadas pelo país, a nova unidade localizada na Vila Olímpia, na zona oeste, permitirá que a gestante tenha acompanhante durante a preparação, o trabalho de parto e a recuperação pós-anestésica. Não será necessário se separar para a paramentação no centro cirúrgico, por exemplo.

Além disso, mesmo quando a paciente desejar uma equipe de atendimento externa, uma funcionária do hospital acompanhará o parto e acionará a direção caso algo fuja aos protocolos previstos. "Temos muito cuidado com as equipes. Para a contratação, além da apresentação de documentos que comprovem a formação e a atuação, é preciso que o profissional seja indicado por um membro do hospital", diz Maria Augusta Gibelli, diretora médica da maternidade.

Nova maternidade da Rede D'Or, na Vila Olímpia, na capital paulista - Adriano Vizoni/Folhapress

Outra medida será a adoção de um sistema de pulseiras de identificação por radiofrequência (RFID) sincronizado e interligado a alarmes. Caso o bebê seja levado para algum local não previsto em seu atendimento, como para a escada de emergência, será emitido um alerta, e as portas da unidade serão travadas, as câmeras de segurança ampliarão o foco e a equipe de segurança será direcionada para o setor indicado. O mesmo deve ocorrer se a pulseira for cortada.

O novo prédio contará com 22 andares e 173 leitos, sendo 13 suítes e 58 leitos de UTI neonatal. A expectativa é que na unidade sejam realizados mil partos por mês, 350 a mais do que a média na maternidade do Itaim Bibi, também na zona oeste, que será desativada para dar espaço a cirurgias de alta complexidade.

De acordo com José Jair James de Arruda Pinto, diretor-executivo da regional São Paulo da Rede D'Or, a unidade contará com todas as especialidades para atendimento a gestantes e recém-nascidos e oferecerá serviços de diagnóstico por imagem, cirurgia fetal e cirurgia neonatal. "Nosso propósito é oferecer a melhor assistência. Queremos que as pacientes se sintam tranquilas, seguras", afirma.

A proposta é atrair casos de alta complexidade de diferentes partes do Brasil. Investir nesse tipo de caso ajudará a manter as contas da maternidade, que tradicionalmente gera menos receita do que um hospital geral.

Para o momento do parto, os diretores explicam que foram desenhados diferentes cenários: chegada da paciente já no período expulsivo do trabalho de parto, parto vaginal, parto cesárea e partos de maior risco.

Para o primeiro caso, foi criada uma sala já no térreo, próxima à passagem para carros. O objetivo é permitir à paciente que chegar em trabalho de parto avançado o atendimento assim que deixar o veículo.

Para os partos vaginais humanizados, foram instalados oito quartos com elementos como cama com barra, cadeira para parto vertical, banqueta e banheira. "São ambientes com cromoterapia, aromaterapia e musicoterapia, recursos não farmacológicos de alívio da dor", afirma Gibelli. A intenção é que 40% dos partos na unidade ocorram nessa modalidade, na qual a paciente pode contar com dois acompanhantes e apresentar o bebê à família usando um sistema de transmissão de vídeo.

As cesáreas também ocorrerão em oito salas, sendo duas com equipamentos para casos de maior risco, como acretismo placentário. Nesses casos, é permitido um acompanhante e, se a paciente autorizar, a família pode acompanhar parte do parto por uma parede de vidro polarizado.

Os pais poderão contratar testes opcionais, como o teste da bochechinha, para identificação de problemas genéticos, e o teste ampliado do olhinho, para identificar problemas como retinoblastoma. Haverá uma central para detectar alterações neurológicas e as mães serão acompanhadas pelo Grupo de Apoio à Amamentação durante a permanência e após a alta.

"São medidas que gostaria de ter oferecido no Hospital das Clínicas", comenta Gibelli, que fez carreira no serviço público.

O hospital afirma que continuará aceitando todos os convênios que já atuam no Itaim e, em caso de atendimento particular, o valor previsto é de R$ 17,9 mil na acomodação apartamento, com direito a até três diárias e sem os honorários médicos. O valor das suítes não foi divulgado.

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