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Uso errado de talas para tendinite pode causar mais dores
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JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
A tala para tendinite usada popularmente para proteger o punho, em vez de ajudar, pode provocar mais dor.
Um estudo da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) aponta que o acessório que imobiliza o punho é usado muitas vezes de forma errada e pode agravar lesões.
A pesquisa verificou que, no teclado do computador e no mouse, as talas limitam o movimento dos dedos e causam dores musculares, como no pescoço.
As talas comerciais, feitas de lona, podem ser encontradas em lojas de produtos terapêuticos. Elas são vendidas sem indicação médica, o que pode ser um risco.
"Muitas vezes o paciente, ao ver um amigo com a tala, compra também. Procura se tratar sozinho, sem orientação médica ou de um terapeuta", diz a professora Iracema Ferrigno, uma das autoras da pesquisa.
Além da tala comercial, foi analisado também o modelo personalizado, geralmente recomendado por médicos, que é mais rígido, feito de um plástico moldável que se ajusta à mão.
Na pesquisa, 23 voluntários com idades entre 18 e 26 anos usaram o teclado do computador para digitar uma frase, de 40 toques. No mouse, cada um coloriu desenhos com dez cliques.
As duas atividades foram realizadas em três situações: com as mãos livres, com a órtese comercial e com a personalizada. Cada um repetiu cinco vezes a digitação da frase e os cliques no mouse, nas três situações.
Para analisar a reação dos músculos no exercício, os pesquisadores colocaram eletrodos em três músculos: um no pescoço e dois do antebraço. As regiões foram escolhidas por serem as que geram mais queixas de dores nos consultórios.
RESULTADOS
Com o teclado, não houve alteração significativa da atividade dos músculos. Quando os participantes usaram o mouse, o músculo extensor, do antebraço, foi mais exigido com as duas talas.
Segundo Ferrigno, as duas órteses, mesmo a personalizada, limitam o movimento dos dedos ao se usar o computador. "Esse impedimento da função pode aumentar o estresse de outra musculatura, como a do pescoço."
A terapeuta recomenda que a tala seja sempre recomendada por um profissional e que o médico verifique antes do uso se ela pode ou não limitar o movimento dos dedos do paciente.
Ferrigno afirma ainda práticas simples, como fazer uma pausa a cada duas horas e alongar o corpo, ajudam a prevenir tendinites e outras dores no corpo.
A pesquisa foi premiada como o melhor trabalho científico no 30º Congresso Brasileiro de Cirurgia de Mão, que foi realizado no mês passado em Belo Horizonte (MG).
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