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03/09/2010 - 17h18

Teste não acha evidência de que silicone proibido no Brasil é tóxico

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os testes de um tipo de implante mamário, à base de um gel sem aprovação, não mostraram nenhuma evidência de que são inseguros, segundo especialistas britânicos. A informação foi publicada nesta sexta-feira no site da "BBC News".

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As preocupações foram levantadas sobre o silicone da marca Poly Implant Protheses (PIP) --que teve a venda proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em abril deste ano-- depois que um inquérito francês identificou problemas.

Cerca de 50.000 mulheres britânicas têm os implantes, que ainda estão em fase de testes na França.

Cirurgiões plásticos do Reino Unido afirmaram que os resultados devem tranquilizar as mulheres, mas disseram que qualquer implante rompido deve ser removido.

Em março, a agência que controla produtos de saúde e medicamentos no Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) disse que as PIPs não devem mais ser implantadas e que as restantes devem ser devolvidas ao fabricante.

A empresa francesa que produziu as próteses recolheu todos os dispositivos no início deste ano.

O inquérito da associação francesa de cirurgiões plásticos informou que, a partir de 2005, a empresa tinha dispensado a barreira de proteção e ainda estava usando um gel com uma composição diferente da aprovada.

Para determinar a forma como a versão alterada pode reagir com o corpo humano, a organização de cirurgiões plásticos do Reino Unido BAAPS (British Association of Aesthetic Plastic Surgeons) disse que os colegas franceses contactaram os fabricantes de gel para os estudos.

RECONFORTANTE

O MHRA recebeu os resultados dos testes do Reino Unido dos implantes, que descreveu como "encorajadores", pois não encontrou nenhuma evidência de toxicidade química ou risco de câncer no gel.

Susanne Ludgate, diretora de dispositivos clínicos para a agência, disse: "É reconfortante ver que os resultados dos testes não mostraram nenhuma evidência de qualquer risco associado ao material de enchimento".

"No entanto, estamos aguardando os resultados dos testes franceses, que são mais extensos e incluem ensaios mecânicos da concha do implante, porque pode ser que exista um aumento da taxa de ruptura em comparação a outros implantes de mama."

Segundo Nigel Mercer, presidente da BAAPS, "esperemos que os resultados reduzam a ansiedade dos pacientes, enquanto outros estudos da França são esperados."

"Nosso conselho é que as mulheres com suspeita de ruptura contatem seu cirurgião, façam uma ultra-sonografia e removam a prótese, assim como fariam com qualquer implante rompido."

Ele disse mais cedo que os cirurgiões que usaram PIPs não deveriam ser responsabilizados, pois não havia "nenhuma maneira de saber" que o gel não foi testado ou que o envelope de proteção havia sido dispensado.

As próteses PIPs estavam entre as marcas mais baratas de implantes mamários disponíveis. Peritos franceses começaram a investigar após os cirurgiões relatarem que elas estavam rompendo mais rapidamente do que outras marcas.

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