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14/01/2011 - 19h24

Teste de vacina contra malária mostra proteção de longa duração

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DA REUTERS

Uma vacina experimental contra a malária da GlaxoSmithKline oferece a crianças africanas uma proteção duradoura, embora sua eficácia diminua ligeiramente ao longo do tempo, de acordo com dados de um estudo inacabado, publicado na sexta-feira (14). Os experimentos foram conduzidos no Instituto de Pesquisa Médica do Quênia.

Segundo os pesquisadores, os resultados mostram que a vacina oferece 46% de proteção por 15 meses.

A malária é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos que ameaça mais da metade da população mundial. A maioria das vítimas são crianças menores de 5 anos que vivem em países pobres da África subsaariana.

O último relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre a doença encontrou avanços na última década, como a queda da estimativa de mortes, de quase um milhão em 2000 para 781.000 em 2009.

O estágio avançado de testes da vacina da GSK --conhecido como RTS, S ou Mosquirix-- está em andamento com 16.000 crianças em sete países da África. A imunização termina no próximo mês.

Se os dados mostrarem que a vacina é realmente eficaz, ela poderá ser licenciada e lançada em 2015.

O estudo, realizado entre março de 2007 e outubro de 2008, envolveu 894 crianças com idade superior a cinco meses, no Quênia e na Tanzânia.

Os primeiros resultados, publicados em 2008, mostraram que a vacina deu 53% de proteção contra a malária, pelo menos por oito meses, mas pesquisadores liderados por Ally Olotu, no instituto em Kilifi, Quênia, querem averiguar se a proteção durararia mais tempo.

Os resultados publicados na revista "The Lancet" mostraram que após 15 meses de acompanhamento, a eficácia da vacina não tinha diminuído muito. As crianças vacinadas ainda tinham 46% menos probabilidade de contrair a doença em relação àquelas que não tinham sido imunizadas.

"Mais estudos são necessários para estabelecer a eficácia da vacina, por exemplo, em crianças infectadas pelo HIV ou desnutridas", disse Olotu no estudo. Ele ainda acrescentou que devem ser feitos novos testes em locais com intensidade diferente de transmissão para confirmar os resultados.

O diretor do laboratório GSK (GlaxoSmithKline) Andrew Witty, disse que, se a eficácia da vacina for demonstrada, ela será vendida a um preço acessível a quem mais precisa dela. A empresa informou que está planejando uma margem de lucro de 5% sobre o custo de fabricação, que seriam reinvestidos em novas vacinas contra a malária e outras doenças negligenciadas.

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