Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/01/2011 - 09h25

Siamesas separadas há dois meses têm alta do hospital

Publicidade

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO

Após quase dois meses de internação, as gêmeas Kauany e Keroly tiveram alta ontem do Instituto da Criança do HC de São Paulo.

Cirurgia separa siamesas que viveram 10 meses grudadas pelo abdome
Termo "siamesas" vem de caso ocorrido na Tailândia
Chances de sobrevivência de siameses são baixas

As irmãs, que completam um ano no sábado, nasceram siamesas, grudadas pelo abdome, e foram separadas no final de novembro.

Letícia Moreira/Folhapress
As gêmeas Kauany, no colo da tia Dina Gonçalves, e Keroly, com a mãe Selma Miranda, no Instituto da Criança, em SP
As gêmeas Kauany, no colo da tia Dina Gonçalves, e Keroly, com a mãe Selma Miranda, no Instituto da Criança

Por recomendação do cirurgião Uenis Tannuri, responsável pela operação, as meninas vão ficar em uma casa de apoio em São Paulo por até três semanas.

Depois, podem seguir viagem com a mãe, Selma Miranda, 32, para o Vale do São Domingos (a 491 km de Cuiabá, no Mato Grosso), onde mora a família.

"Quero que tudo esteja muito bem cicatrizado antes que elas voltem para casa. Do ponto de vista clínico, elas estão ótimas. Hoje, até sorriram para mim", disse Tannuri ontem, logo após a alta.

Sorte dele não ter se aproximado das meninas de máscara cirúrgica. "Elas não podem ver ninguém de máscara que começam a chorar. Estão traumatizadas", diz Dina, 28, tia das gêmeas.

O abdome de Kanuay ainda inspira cuidados porque a cicatrização está mais lento. Nas próximas semanas, as gêmeas devem voltar todos os dias ao hospital para trocar os curativos.

"O melhor era poder já voltar para casa", diz a mãe. "Os meninos [ela tem um menino de 11 anos e um casal de gêmeos de cinco anos] não veem a hora de ver as irmãzinhas separadas."

CIRURGIA

Para a separação, foram feitos sete procedimentos cirúrgicos em órgãos pelos quais as gêmeas eram ligadas-fígado, estômago, intestino e sistemas genital e urinário. A operação durou 12 horas.

Segundo Tannuri, nos próximos anos, as gêmeas devem ser avaliadas a cada seis meses para que sejam programadas as cirurgias reparadoras no intestino, reto e na vagina. Em dois ou três anos, elas poderão usar também pernas mecânicas.

As meninas nasceram com três pernas, mas uma teve de ser amputada. Cada uma ficou com um membro.

+ Livraria

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página