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02/03/2011 - 17h28

Estudo identifica tratamento para câncer de próstata agressivo

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DA EFE

Os cientistas do Centro Integral do Câncer na Universidade de Michigan identificaram um possível tratamento para um tipo agressivo de câncer de próstata, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira pela revista "Science Translational Medicine".

Um gene chamado SPINK1 poderia ser para o câncer de próstata o que o HER2 se tornou para o de mama, segundo os cientistas.

Da mesma forma que o HER2, o SPINK1 se encontra somente em um pequeno subgrupo de cânceres de próstata, em cerca de 10% dos tumores.

No entanto, o gene é o alvo ideal para um anticorpo monoclonal, do tipo Herceptin, que combate o HER2 e melhorou muito o tratamento deste tipo agressivo de câncer de mama.

Neste ano, 217,730 mil pessoas nos Estados Unidos serão diagnosticadas com câncer de próstata e 32,05 mil morrerão pela doença, segundo a Sociedade Americana do Câncer.

"Já que o SPINK1 pode surgir na superfície das células atraiu nossa atenção como um alvo terapêutico", explicou o autor do estudo, Azul Chinnaiyan, diretor do Centro para Patologia Translacional de Michigan, e investigador no Instituto Médico Howard Hughes.

"Demonstramos que um anticorpo que 'bloqueia' o SPINK1 poderia tornar mais lento o crescimento dos tumores de próstata em ratos que tiveram reação positiva para a proteína SPINK", disse Chinnaiyan.

Os pesquisadores descobriram, além disso, que o SPINK1 pode se atrair por um receptor EGFR. Os cientistas testaram um composto que bloqueia o EFGR, chamado cetuximab, e que já está aprovado pela agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, e perceberam que este também reduzia os efeitos cancerígenos do SPINK1.

Em seus experimentos, os pesquisadores usaram ratos para testar um anticorpo monoclonal, um tipo de tratamento dirigido, desenhado para buscar uma molécula específica (neste caso a SPINK1).

Depois testaram o cetuximab. Os tumores tratados com o anticorpo do SPINK1 diminuíram em 60%, ao mesmo tempo em que os tumores tratados com cetuximab se reduziram em 40%. Com a combinação de ambos os compostos os tumores encolheram 74%.

O efeito foi observado somente nos tumores que apresentam o SPINK1, que são aproximadamente 10% dos pacientes com câncer de próstata.

Outros estudos anteriores que tinham observado os resultados do cetuximab para o câncer de próstata metastático tinham decepcionado e apenas 8% dos pacientes mostrou algum benefício.

Bushra Ateeg, cientista da Escola de Medicina da UM, indicou que "estes estudos deveriam estimular o desenvolvimento de tratamentos que se apoiam em anticorpos contra o SPINK1".

O SPINK1 pode ser detectado na urina dos pacientes com câncer, o que facilita a realização rotineira de exames.

O estudo indica, no entanto, que os efeitos secundários foram limitados nos ratos e que serão necessários mais estudos para determinar se o tratamento nos humanos afetaria o tecido normal.

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