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Copa
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197019661962195819541950193819341930

História

1962Chile

Classificação
Brasil
Tchecoslováquia
Chile
Iugoslávia
Artilheiros
4 gols Florian Albert (Hungria)
4 gols Valentin Ivanov (União Soviética), Garrincha (Brasil), Vavá (Brasil), Drazen Jerkovic (Iugoslávia), Leonel Sánchez (Chile)
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Folha Imagem
Presidente João Goulart cumprimenta Pelé pela conquista
Presidente João Goulart cumprimenta Pelé pela conquista

Em uma Copa considerada violenta, foi um jogador leve, exímio driblador, quem mostrou ao mundo - e principalmente aos zagueiros - que é possível fazer do futebol uma arte. Garrincha, no auge da forma, comandou com personalidade a seleção brasileira na conquista do bicampeonato, igualando o número de títulos de Uruguai e Itália. O ponta do Botafogo fez de tudo no Chile. Além de servir seus colegas após as famosas escapadas pela direita, sua especialidade, marcou gols decisivos, arrasando Inglaterra e Chile nas quartas de final e semifinais. Seu papel teve ainda mais destaque com a contusão de Pelé, que saiu machucado no segundo jogo para não voltar mais. Na decisão, Amarildo, o substituto de Pelé, Zito e Vavá garantiram a vitória por 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia, mas não ficou dúvida de que Garrincha era o grande craque. Também não ficou dúvida da forte influência que o Brasil já exercia nos bastidores. Na primeira fase, venceu a Espanha por 2 a 1, mas o juiz deixou de dar um pênalti de Nílton Santos, que deu um passo à frente após fazer falta na área. Um gol de Puskas (húngaro naturalizado) de bicicleta foi anulado por "jogo perigoso". Nas semifinais, contra o Chile, Garrincha foi expulso após agredir o goleiro Rojas. Mesmo assim, o astro brasileiro esteve em campo na final porque a súmula do juiz "sumiu" e não houve julgamento.

Brasil

O Brasil chegou ao Chile desacreditado. Alguns críticos diziam que a seleção não havia se renovado e estava muito velha. De fato, jogadores como Nilton Santos (37 anos), Didi (32), Djalma Santos (33), Zito (29), Zagallo (30), entre outros, eleveram a média para mais de 27 anos. Porém, se por um lado o time estava mais velho, por outro estava mais experiente. No time titular, nada menos do que nove jogadores eram remanescentes da equipe que havia conquistado o título da Suécia-1958. Apenas a zaga foi trocada, com Zózimo e Mauro, novo capitão, nos lugares de Orlando e Bellini. Não fosse pela lesão de Pelé logo no segundo jogo, empate sem gols com os ingleses - depois de ter feito um golaço driblando metade do time mexicano na vitória por 2 a 0 no jogo de estreia -, o Brasil poderia ter jogador com o mesmo time as seis partidas que fez no Chile. Com a saída de Pelé e a entrada de Amarildo, que apesar da difícil missão substituiu o craque à altura, o técnico Aymoré Moreira utilizou apenas 12 jogadores em toda a campanha, um recorde. O próprio Aymoré, aliás, só foi à Copa porque Vicente Feola, técnico em 1958, estava doente. O presidente da CBD, João Havelange, e principalmente o chefe da delegação brasileira, Paulo Machado de Carvalho, queriam repetir tudo como havia sido feito na Suécia. Deu certo.

Curiosidades

  • Em Maio de 1960, o Chile sofreu um terremoto que deixou cinco mil mortos e 25% da população desabrigada, colocando em risco a organização da Copa do Mundo.
  • O brasileiro naturalizado chileno Carlos Dittborn, presidente da Conmebol, liderou as obras e disse a frase que acabaria se tornando slogan: "Porque nada tenenos, lo haremos todo"
  • Dittborn não viveu para ver o resultado de seus esforços. Ele sofreu um ataque cardíaco em abril de 1962, um mês antes da Copa. O estádio de Arica foi batizado em sua homenagem.
  • A cada edição, a organização se mostrava mais profissional. Mas no Chile ainda acontecerem fatos impensáveis hoje, como cachorros que invadiram o campo durante Brasil x Inglaterra.
  • Com base nas superstições de Paulo Machado de Carvalho, o dirigente da delegação, o mesmo comandante do avião de 1958 teve que levar a seleção ao Chile em 1962.
  • A Fifa decidiu no Chile tomar medidas mais rígidas para as naturalizações futuras. Como exemplos, o húngaro Puskas jogou pela Espanha, e o brasileiro Mazola (Altafini), pela Itália.
  • Apesar de o exame de urina já existir, não havia uma lista oficial de substâncias proibidas. É provável que muitos jogadores tenham usado substâncias para aumentar desempenho.
 
Multimídia

Galeria

 


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