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Candidatos - Presidente

Plínio

PSOL - número 50

Nome completo: Plínio Soares de Arruda Sampaio

Coligação: -

Data de nascimento: 26/07/1930

Sexo: Masculino

Estado civil: Casado

Grau de instrução declarado: Superior Completo

Ocupação declarada: Advogado

Biografia

Veterano da política e membro histórico do PT até 2005, quando saiu da legenda após divergências internas, o advogado Plínio de Arruda Sampaio foi um dos idealizadores do Partido dos Trabalhadores e é protagonista da trajetória da esquerda no país. Plínio começou na política aos 20 anos, no extinto PDC (Partido Democrata Cristão), mas antes disso, aos 15, já era militante do movimento Juventude Estudantil Católica e Juventude Universitária Católica. Formou-se em direito pela Faculdade do Largo de São Francisco e, logo depois, tornou-se promotor público. Antes de completar 30 anos, foi nomeado pelo governador Carvalho Pinto (1958-1962) coordenador do Grupo de Planejamento, responsável pela elaboração do primeiro Plano de Ação Geral do Estado. Eleito deputado federal pelo PDC, em 1962, foi relator do programa de reforma agrária do governo João Goulart. Por conta disso foi um dos primeiros cassados pela ditadura. Quando foi para o exílio, no Chile, tinha quase 40 anos. Voltou ao Brasil em 1976, época em que começou a surgir a ideia de um partido socialista. Ele retornou ao país com um "pacto" para criar um partido socialista democrático. Faziam ainda parte do acerto, idealizado no exterior, Almino Affonso e Fernando Henrique Cardoso. Ao desembarcarem no Brasil, procuraram por Jarbas Vasconcelos, Waldir Pires e outros integrantes da esquerda do MDB. Foram três anos de articulação pelo país. O plano era de que FHC disputasse a eleição de 1978 em uma sublegenda dentro do MDB e, caso ultrapassasse a marca de 1 milhão de votos, teriam base para formar um partido. FHC recebeu 1,2 milhão de votos. Tudo, porém, foi por água abaixo quando Sampaio ligou a televisão no dia seguinte e ouviu o discurso do sociólogo. Fernando Henrique dizia que a unidade da oposição era importantíssima e qualquer saída do MDB seria divisionismo. Sampaio conta que telefonou imediatamente para o colega desfazendo o acordo. Na mesma época aceitou o convite para atuar na Europa como consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), entidade para a qual já tinha prestado serviços durante o exílio. O órgão o considera, até hoje, um dos maiores especialistas mundiais em reforma agrária. Nesse meio tempo, Luiz Inácio Lula da Silva dava no Brasil os primeiros passos para fundar um novo partido de esquerda. Foi nessa época que José Álvaro Moisés procurou Sampaio com o pedido de que ele fizesse o estatuto do futuro Partido dos Trabalhadores. Mais uma vez, aceitou o convite. Desde a fundação do PT, Plínio estava em todas as assembleias, convenções, eventos de Comunidades Eclesiásticas, da CUT, do MST, das Pastorais da Terra, organizações que convergiram no PT. O objetivo era politizar as massas, que se interessavam pelas novas ideias, e ter a participação da base da sociedade nas decisões partidárias. Em 1985, Plínio se elegeu deputado federal novamente. Em 1989 ajudou a coordenar a campanha de Lula à Presidência e, em 1990, concorreu ao governo estadual de São Paulo. Ficou em quarto lugar, com 12,1% dos votos, atrás de Paulo Maluf, Luiz Antônio Fleury e Mario Covas. Tentou chegar ao Palácio dos Bandeirantes mais uma vez, em 2006. Ficou novamente em quarto lugar, dessa vez com 2,5% dos votos. Além dos cargos políticos, da atuação na ONU e da promotoria pública, Plínio atuou como professor universitário e diretor do jornal "Correio da Cidadania". Dentro do PT, foi ainda articulador de duas importantes campanhas, a Ação da Cidadania pela Ética na Política e da Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria, ao lado de Betinho, dom Luciano Mendes de Almeida e dom Mauro Morelli. *ROMPIMENTO* Arruda e um grupo de militantes históricos do PT anunciaram a migração para o PSOL há cinco anos, depois da vitória nas eleições internas petistas de um grupo ligado ao deputado cassado José Dirceu. Historicamente contrário aos artifícios do marketing para ganhar eleição, o advogado afirmou não ter ressentimentos com o partido que ajudou a fundar. "Não tenho nada contra os meus amigos do PT, mas hoje estamos em campos opostos", disse na época, ao classificar a legenda como um partido de direita. "Ambos [PT e PSDB] são nossos adversários ideológicos, estão na direita. É preciso mostrar que há alternativa." Em 2006, declarou sobre a legenda: "No PT houve uma coisa tremenda. De 80 a 89, reivindicava: 'Eu quero mais'. Depois, foi: 'Segura, não pode levar tudo', porque o capital ganhou a ofensiva e começou a tirar direitos. E cada vez mais foi cedendo à idéia de que a globalização é inevitável e, portanto, não há como tentar construir de novo um Estado nacional". O PSOL surgiu da expulsão de vários parlamentares petistas sete anos atrás, após terem feito críticas públicas à política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva e terem votado contra a emenda da reforma da previdência. Uma das representantes mais visíveis desse grupo é a senadora Heloísa Helena (AL). *CARTILHA PLÍNIO* Católico, as diretrizes de Plínio apoiam a legalização do aborto e propostas genéricas como "fazer reparações a descendentes de escravos" e contratar com carteira assinada todos os "informais". Defende, ainda, a legalização da maconha e a extinção do Senado por meio de emenda constitucional a ser votada pelo Congresso. Em debate promovido em agosto pela Band, Plínio --com menos de 1% nas intenções de voto, segundo pesquisas-- roubou a cena dos outros presidenciáveis presentes, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Na chegada à emissora, disse que não vestiria a capa de franco-atirador. Porém, durante o debate, provocou todos os adversários, caprichou nas frases de efeito e tocou seu realejo socialista. Depois, viu no feito um paralelo com a trajetória do atual presidente dos Estados Unidos. "É o efeito Obama. A televisão é um perigo. Estou sendo reconhecido na rua. É incrível", afirmou.

Bens declarados na Justiça Eleitoral

R$ 2,1 milhão (12 bens):

- Conta-poupança no Banco do Brasil (R$ 1.021,72)
- Caderneta de poupança no Banco do Brasil (R$ 26,5 mil)
- Aplicação de renda fixa no Banco do Brasil (R$ 44,2 mil)
- Depósito em conta-corrente no Riggbank Estados Unidos da América (R$ 45,9 mil)
- Depósito em conta-corrente no Banco do Brasil (R$ 650,49)
- Depósito em conta-corrente no Banco do Brasil (R$ 27.198,83)
- Apartamento em São Paulo (R$ 115 mil)
- Kombi WV ano 1994 (R$ 7.000)
- Parte de terreno em Nazaré Paulista (R$ 3.609,76)
- Sítio em São João da Boa Vista-SP (R$ 153,8 mil)
- Aplicação de renda fixa Bresser/ Itaú/ Credit Suisse / Hedging-Griffo (R$ 1,7 milhão)
- Honda Civic ano 2002 (R$ 22 mil)

No arquivo da Folha

  • (4/4/06)

    O advogado Plínio de Arruda Sampaio, 75, será o candidato do PSOL ao governo do Estado de São Paulo. O anúncio foi feito ontem, na Câmara Municipal paulistana. Será a segunda vez que Plínio Sampaio concorrerá ao governo estadual. Em 1990, ficou em quarto lugar, com 12,1% dos votos, atrás de Paulo Maluf, Luiz Antônio Fleury e Mario Covas. Sampaio era o candidato do PT, partido que ajudou a fundar e pelo qual foi deputado federal entre 1985 e 1991.

  • (4/11/07)

    Especialistas afirmam que o Bolsa Família é um grande, mas não o único motivo da diminuição do número de famílias interessadas em participar de invasões de terra. Eles dizem que a lentidão de uma reforma agrária provocou desalento. Ex-petista e candidato ao governo de São Paulo em 2006 pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio diz que "há indício forte de que Bolsa Família tira a combatividade das pessoas para lutar pela reforma agrária. É o efeito mais perverso do programa". Ele preside a Associação Brasileira de Reforma Agrária.

  • (18/4/10)

    O PSOL já vive um racha nacional, com direito a acusações de fraude, troca de insultos entre dirigentes e até ao "sequestro" de seu site oficial na internet. O partido se dividiu no fim do ano passado, quando sua principal estrela, Heloísa Helena, desistiu da corrida presidencial para tentar voltar ao Senado por Alagoas e pregou o apoio a Marina Silva, do PV. A decisão acendeu o pavio da crise, que explodiu semana passada com a indicação do ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, 79, para concorrer ao Planalto. Plínio foi eleito por "unanimidade", mas só 89 dos 166 delegados participaram da votação. O grupo da ex-senadora não compareceu, em protesto contra a exclusão de 12 aliados acusados de fraude nas prévias estaduais. O ex-deputado Babá, que concorria com menos chances, desistiu na última hora para apoiar o vencedor.

  • (23/7/10)

    O PSOL e seu candidato à Presidência estão à disposição da mídia e ansiosos para serem sabatinados a respeito de suas propostas para o país
    Atendendo ao convite da Folha, exponho a seguir minha visão a respeito das divergências entre o candidato do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) a presidente da República e a presidenta do partido, Heloísa Helena.
    Trata-se de sequela natural de uma disputa interna bastante dura, mas já resolvida e que não compromete a disciplina partidária. Com toda probabilidade, o PSOL marchará unido em torno dos candidatos escolhidos nas convenções estaduais e na convenção nacional. (Plínio de Arruda Sampaio)

  • (19/8/10)

    Passava pouco das 13h quando dois homens surgiram se beijando na propaganda eleitoral do PSOL em São Paulo. Beijo de desentupir pia, o popular "chupão". Rara na TV aberta, ainda mais pelo horário, a cena integrava uma sequência em ritmo veloz, com imagens de pessoas de várias raças, cores e idades e uma narração no mesmo ritmo frenético: "Você, opção, PSOL".


 
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