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Clubes

A um ano do seu centenário e após 48 anos da última participação, o Santos está de volta ao Mundial de Clubes. O time de Neymar e Paulo Henrique Ganso tenta repetir o feito da geração Pelé, que após vencer a Libertadores conquistou também o Mundial --na verdade, foram bicampeões mundiais e sul-americanos.

O time da Vila Belmiro aparece como um dos favoritos ao título, com um currículo invejável. Entre os principais títulos, constam dois Mundiais, três Libertadores, oito conquistas do Nacional (considerando a unificação de títulos da CBF), uma Copa do Brasil, cinco Torneios Rio-São Paulo e 19 Paulistas.

O time brasileiro vem de duas temporadas vitoriosas com a geração de Neymar. É bicampeão Paulista (2010 e 2011), campeão da Copa do Brasil-2010 e da Taça Libertadores-2011. Aliás, foi o título sul-americano que garantiu o passaporte santista para o Mundial de Clubes.

A equipe fez 14 jogos, com sete vitórias, seis empates e apenas uma derrota, com 20 gols marcados e três sofridos. Bateu o Peñarol, do Uruguai, na final. Empatou o primeiro jogo sem gols, fora, e venceu em casa por 2 a 1.

Time base: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Adriano, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.

Veja abaixo um pouco mais sobre cada um dos participantes do Mundial de Clubes deste ano. O torneio será disputado no Japão, nas cidades de Toyota e Yokohama, entre 8 e 18 de dezembro.

BARCELONA

O time catalão foi campeão de uma única edição do Mundial de Clubes, em 2009, mas é o clube mais velho entre os participantes deste ano, com 111 anos. Foi fundado em 1899. É também um dos mais laureados.

São quatro Copas dos Campeões, quatro Recopas (torneio já extinto, mas que durante muitos anos foi o segundo de importância no continente), quatro Supercopas e três Copas da Uefa (quando se chamava Copa das Feiras). Soma ainda 21 taças do Espanhol e 25 da Copa do Rei, entre as principais conquistas.

Desde a chegada do técnico Josep Guardiola, na temporada 2008/09, o Barcelona virou um papa-títulos. São dez conquistas e uma geração vitoriosa, com astros como Andrés Iniesta, David Villa, Xavi Hernádez e o argentino Lionel Messi, duas vezes eleito melhor do mundo. O time catalão ainda tem três brasileiros no elenco: os laterais Adriano e Daniel Alves e o zagueiro Maxwell.

O Barça se classificou para o Mundial de Clubes como campeão da última Copa dos Campeões. Foram 13 jogos, com nove vitórias, três empates e uma única derrota, com 30 gols anotados e nove sofridos. Na final do torneio europeu, derrotou o inglês Manchester United por 3 a 1, em Wembley, em Londres.

Time base: Valdés; Daniel Alves, Piqué (Maldonado), Puyol e Abidal; Iniesta (Fàbregas), Busquets e Xavi; David Villa, Messi e Pedro. Técnico: Josep Guardiola.

MONTERREY

Fundado em 1945, o Monterrey não faz parte dos grandes do México. Conhecido como "Rayados" (listrados), o clube soma poucas conquistas em 66 anos de história. Mas boa parte delas foram alcançadas nas últimas temporadas.

Foram quatro Campeonatos Mexicanos, uma copa nacional, além de uma taça da segunda divisão e uma Liga dos Campeões da Concacaf (América do Norte, Central e Caribe) --torneio que garantiu vaga no Mundial-2011.

O Monterrey foi campeão continental invicto. Fez 12 jogos, com nove vitórias e três empates, além de 19 gols marcados e oito sofridos. Na decisão bateu o Real Salt Lake, dos EUA. Empatou o primeiro jogo (2 a 2) e venceu o segundo (1 a 0).

Time base: Orozco; Sergio Pérez, Mier, Basanta e Osorio; Martínez, Morales, Ayoví e Cardozo; Sergio Santana e Suazo. Técnico: Victor Vucetich.

AL-SAAD

Fundado em 1969, duas vezes campeão continental e recordista de títulos no Qatar, o Al-Saad vai estrear este ano no Mundial de Clubes. Foram 14 jogos, com sete vitórias, cinco empates, duas derrotas, 24 gols pró e 12 contra.

Apesar de fazer parte dos grandes do Qatar, o clube não é muito conhecido. Mas já teve nomes famosos defendendo suas cores, como o técnico Carlos Alberto Parreira e o atacante Romário.

O nome mais famoso atualmente é o do treinador uruguaio Jorge Fossati, campeão da Copa Sul-Americana-2009 e da Recopa Sul-Americana-2009 com a LDU, do Equador. Na primeira decisão bateu o Fluminense e na segunda o Internacional. Ele, inclusive, teve uma rápida passagem pelo time gaúcho em 2010.

O clube conta com um brasileiro em seu elenco. O atacante Leandro, 26, que é pouco conhecido. Revelado pelo Nacional-SP, nunca despontou no Brasil e fez carreira na Ásia, com passagens por clubes japoneses e, agora, no Al-Saad.

Time base: Saqr; Belhadj, Niang, Keita e Ibrahim; Al Bolushy, Koni, Rizik e Majid; Kassola e Jung-Soo Lee. Técnico: Jorge Fossati.

AUCKLAND

O clube neozelandês é o mais novo entre os participantes, com sete anos. Foi fundado em 2004, mas em compensação é um dos mais presentes no Mundial desde que a Fifa passou a organizar o torneio e abriu vaga para outros continentes.

Vai participar pela terceira vez, igualando o mexicano Pachuca, o egípcio Al Ahly e o Barcelona --considerando as edições sob organização da Fifa. Na história, o recordista é o Milan, com oito participações (1963, 1969, 1989, 1990, 1993, 1994, 2003 e 2007) e quatro títulos. O Auckland City, contudo, nunca passou das quartas de final. Foi sexto (2006) e quinto colocado (2009).

Neste ano, o clube obteve vaga no Mundial com o título da Liga dos Campeões da Oceania. Foram seis vitórias e dois empates em oito jogos, com 18 gols prós e três sofridos. Foi o terceiro título continental do Auckland City, que também é tetracampeão nacional.

Time base: Spoonley; Hogg, Berlanga (Campbell), Coombes e Mulligan; Exposito, Koprivcic, Feneridis e Dickinson; Vicelich e Riera. Técnico: Ramon Tribulietx.

ESPÉRANCE

O tunisiano Espérance vai disputar pela primeira vez o Mundial de Clubes, mas a equipe tem tradição internacional. Fundado em 1919, o clube tem cinco títulos continentais --dois deles da principal competição africana, a Liga dos Campeões. Nacionalmente coleciona 24 taças do Campeonato da Tunísia e 14 da Copa local.

Neste ano, o time conseguiu a tríplice coroa --Campeonato Tunisiano, Copa da Tunísia e Liga dos Campeões. Por isso sonha com um quarto título no Mundial.

A vaga no torneio foi conquistada com uma campanha quase perfeita, com uma única derrota. Foram ainda oito vitórias e cinco empates em 14 jogos, com 24 gols marcados e seis sofridos no principal torneio entre clubes na África. Em casa, inclusive, não sofreu gols.

Na final, o Espérance bateu o marroquino Wydad de Casablanca por 1 a 0, em casa, após ter empatado sem gols fora.

Time base: Moez Ben Chérifia; Harrisson Afful, Walid Hichri, Yaya Banana e Khalil Chemmam; Khaled Korbi, Majdi Traoui, Oussama Darragi e Wajdi Bouazzi; Youssef Msakni e Yannick Joseph Ndjenj. Técnico: Nabil Maâloul.

KASHIWA REYSOL

Última equipe classificada para o Mundial, o japonês Kashiwa Reysol entra na disputa como representante local. A equipe se sagrou campeã nacional no último sábado, na última rodada, ao terminar o campeonato com 72 pontos. Foram 23 vitórias, três empates e oito derrotas.

O time japonês tem um nome conhecido dos brasileiros no banco de reserva. Trata-se do técnico Nelsinho Baptista, que soma passagens por Corinthians, São Paulo e Santos, entre outros. Ele está na equipe desde 2009. Foi o comandante do time no título da segunda divisão da temporada passada e ainda terá os brasileiros Leandro (ex-Cruzeiro) e Jorge Wagner (ex-Corinthians e São Paulo) a disposição.

O clube, contudo, não está entre os mais laureados do país. Pelo contrário soma poucos títulos em 71 anos de histórias. Além disso, tem uma curiosa trajetória até o Mundial. Foi rebaixado em 2009, no ano passado venceu a segunda divisão e neste ano levantou a taça do Campeonato Japonês pela segunda vez na história.

Ainda assim é uma equipe de história respeitável. Jogadores como os brasileiros César Sampaio, Careca, Edílson e Muller, entre outros, defenderam a equipe a partir dos anos 1990, período em que o futebol japonês emergiu. No Mundial, a expectativa da equipe é alcançar as semifinais, onde teria o Santos como adversário.

 

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