Fumo movido a bateria quer se firmar como
'mal menor'
Proibidos no país, aparelhos dividem opiniões sobre uso em redução de danos
Proibidos no país, aparelhos dividem opiniões sobre uso em redução de danos
Estratégias de redução de danos não podem ser encaradas como instrumentos genéricos e burocráticos aplicáveis em quaisquer casos: para funcionar, precisam ser pensadas não só levando em conta o indivíduo, mas o contexto em que serão aplicadas.
A frase "Se beber, não dirija" surgiu de uma campanha da Abrabe (associação de fabricantes) em conjunto com a prefeitura de São Paulo, em 1996.
Quase 20% dos brasileiros não bebem com moderação e 12% dos homens misturam direção e álcool -apesar dos alertas e das campanhas na TV. Os dados do Ministério da Saúde mostram a importância de estratégias de redução de danos, que buscam remediar além de prevenir.
Em geral tratado como lixo indesejável e persistente, o filtro de cigarro fumado tem status de matéria-prima para o português João Leonardo.
O primeiro trago foi surpreendente, pois uma amiga havia dito que não vinha nada. Mas não: achei bastante respeitável o nível de rasgo na garganta, o apaziguamento dos pulmões, a quantidade de fumaça expelida.
O cigarro eletrônico foi inventado em 2003 por Hon Lik, farmacêutico chinês que buscava alternativa de consumo de nicotina para parar de fumar. Dez anos depois, a divisão de DEFs da sua empresa, a Dragonite International, foi comprada pelo Imperial Tobacco Group, um dos maiores fabricantes de cigarro da Europa, por US$ 75 milhões.
Alardeados como alternativa menos danosa à saúde aos cigarros convencionais, os dispositivos eletrônicos para fumar (ou DEFs, cigarros eletrônicos e piteiras que aquecem, mas não queimam o tabaco) dividem opiniões.
Reduzir danos é controlar efeitos de um problema sem eliminar sua causa. Aplica-se a diversos eventos, de um desastre natural a crises empresariais, passando por questões de saúde pública. Foi neste último aspecto que o termo começou a ser usado.
Para ser eficiente, uma estratégia de redução de danos no consumo de bebidas alcoólicas deve ser pensada de forma individual e adaptada a um determinado contexto. A afirmação é do professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e presidente da Abramd (Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas), Rubens Adorno.
Para se ter sucesso em um tratamento de dependência química, médicos precisam discutir metas com os próprios pacientes. A afirmação foi feita por Arthur Guerra, psiquiatra, presidente-executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) e coordenador do programa de combate ao crack "Redenção", da prefeitura de São Paulo, na palestra que abriu o fórum "Mudança de Hábitos e Redução de Danos à Saúde", promovido pela Folha com patrocínio da Philip Morris na manhã nesta quarta-feira (23), no teatro Unibes Cultural, em São Paulo.