Carlos Heitor Cony morre aos 91 anos no Rio
Avesso a grupos e partidos, jornalista e autor de romances como 'Quase Memória' foi perseguido pela ditadura e fez da condição humana seu tema principal
Avesso a grupos e partidos, jornalista e autor de romances como 'Quase Memória' foi perseguido pela ditadura e fez da condição humana seu tema principal
O corpo do escritor e jornalista Carlos Heitor Cony será cremado, na manhã desta terça (9), em uma cerimônia no Rio de Janeiro. Em respeito a um pedido dele, a cerimônia será privada. Por isso, a família não quis divulgar horário e local, mas entraria em contato com alguns convidados.
Em 2004, Carlos Heitor Cony e Anna Lee levaram o segundo lugar do Prêmio Jabuti de livro-reportagem com "O Beijo da Morte".
Aberta a grande porta, o saguão do seminário foi invadido pela rumba "Siboney", mandada do outro lado da rua pelo comitê de um candidato à Presidência. Mas o som do mundo a recepcionar o já ex-seminarista também podia ser a marchinha carnavalesca "Jardineira". Ou o samba "Implorar". Ou outro. A depender da ocasião em que a cena era descrita por seu protagonista.
O escritor Carlos Heitor Cony morreu nesta sexta-feira (5) às 23h. Ele estava internado no Hospital Samaritano e morreu após falência de múltiplos órgãos.
O romancista, escritor, jornalista e colunista da Folha, Carlos Heitor Cony morreu na noite desta sexta (5) aos 91 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital Samaritano e morreu em decorrência de falência de múltiplos órgãos. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual era membro desde 2000.
Em 2012, convidei Carlos Heitor Cony a participar de um debate em São Paulo sobre Nelson Rodrigues, num ciclo promovido pelo Sesi sobre o centenário de Nelson, organizado por mim. Cony, então com 86 anos, já estava em cadeira de rodas. Movia-se com dificuldade, mal saía de seu apartamento na Lagoa, quanto mais do Rio.
Carlos Heitor Cony, morto na noite desta sexta-feira (5), escreveu na Folha durante quase 30 anos. Sua primeira coluna saiu em 1993.
Escolha um só livro de Carlos Heitor Cony, morto nesta sexta (5), aos 91 anos, se você puder. O melhor, a obra-prima inquestionável e incontornável, ou aquele em que o autor foi mais fundo em suas inquietações de romancista. Não é tarefa fácil.
Nada que é escrita foi estranho a Carlos Heitor Cony. Em 70 anos ininterruptos de trabalho, encarnou como poucos no Brasil a figura do escritor profissional. Visitado com frequência pela musa incontornável da encomenda, fez do deadline o horizonte frequente de uma longa lista de romances, relatos jornalísticos, adaptações de clássicos, biografias, roteiros de cinema e até argumentos de telenovelas.
O romancista, escritor, jornalista e colunista da Folha, Carlos Heitor Cony morreu por volta das 23h desta sexta-feira (5) aos 91 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital Samaritano e morreu em decorrência de falência de múltiplos órgãos. A informação foi confirmada pela ABL (Academia Brasileira de Letras), da qual ele era membro desde 2000. O corpo deve ser cremado na tarde de terça (9) no Memorial do Carmo, no Rio.