Senna terminaria a carreira na Ferrari, diz presidente da escuderia italiana
Quatro dias antes do acidente que o matou em Imola, na Itália, no dia 1º de maio de 1994, o piloto brasileiro Ayrton Senna havia dito à Ferrari que gostaria de encerrar a carreira na escuderia italiana.
A revelação foi feita nesta quarta-feira pelo presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, em matéria publicada no site da equipe de Fórmula 1 sob o título "Senna teria terminado sua carreira na Ferrari".
Segundo ele, o encontro ocorreu no dia 27 de abril. "Ele queria vir para a Ferrari, e eu queria vê-lo na equipe. Quando eu estava na Itália para o GP de San Marino, nos encontramos na minha casa em Bologna. Ele me disse que havia gostado muito da posição que eu tinha tomado contra o uso excessivo de aparelhos eletrônicos para dirigir, que não permitiam ao piloto mostrar sua habilidade. Nós conversamos por um longo tempo, e ele deixou claro para mim que queria encerrar sua carreira na Ferrari depois de quase ter se juntado a nós pouco tempo antes, disse.
Montezemolo disse que combinou de se encontrar com o piloto brasileiro em breve, "de modo a olhar como poderíamos superar as suas obrigações contratuais na época". "Estávamos de acordo que a a Ferrari seria o lugar perfeito para ele continuar a sua carreira", afirmou.
"Infelizmente, o destino roubou de todos Ayrton e Roland Ratzenberger [piloto austríaco que morreu em Imola um dia antes de Senna] em um dos fins de semana mais tristes da Fórmula 1", disse Montezemolo.
O dirigente da Ferrari afirmou que sempre apreciou o estilo de Senna de correr. "Como ocorre com todos os grandes campeões, tinha uma vontade incrível de vencer e nunca se cansou de buscar a perfeição, tentar melhorar o tempo todo. Ele foi extraordinário na classificação para as provas, mas também um grande batalhador nas corridas. Ele sempre lutou com unhas e dentes", afirmou.
"De Senna, me lembro de sua gentileza e sua simplicidade, quase timidez, em absoluto contraste com o Senna piloto, um lutador sempre decidido a fazer o melhor", afirmou.
Ayrton Senna dirigiu pela Toleman, Lotus, McLaren –onde conquistou três títulos mundiais (1988, 1990 e 1991)– e Williams, equipe da qual era piloto quando morreu no acidente em Imola.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade