Na seca há 400 minutos em mata-matas, Argentina busca vaga na final
Andres Stapff/Reuters | ||
Messi, na chegada a hotel em Concepción, onde será a semifinal da Copa América |
Messi, Agüero, Tevez, Higuaín, Lavezzi, Pastore, Lamela. É difícil não se impressionar com as opções de ataque que a Argentina possui.
Mas, quando se trata de um confronto eliminatório decisivo, essa fartura toda tem se transformado em escassez.
Contra o Paraguai, nesta terça-feira (30), às 20h30, em Concepción, pela semifinal da Copa América, a Argentina tenta encerrar um jejum de mais de 400 minutos sem balançar as redes em um mata-mata.
O último gol da equipe de Messi em uma partida eliminatória foi anotado por Higuaín, logo aos 8 min do primeiro tempo da vitória por 1 a 0 sobre a Bélgica, pelas quartas de final da Copa do Mundo do ano passado.
Na semifinal e na decisão do Mundial, os argentinos não marcaram no tempo normal e nem na prorrogação.
No primeiro jogo, precisaram da disputa de pênaltis para vencer a Holanda. Na final, perderam por 1 a 0 para os alemães –tomaram o gol já no final do tempo extra.
A seca se estendeu pelo primeiro mata-mata da Copa América. Nas quartas de final contra a Colômbia, o time dominou o jogo e criou várias oportunidades, mas parou em atuação de gala do goleiro Ospina e não conseguiu evitar o 0 a 0 -a classificação veio apenas nos pênaltis.
"Na América do Sul, as partidas são muito travadas, lutadas. Não se vê tanto futebol. Há muito contato", disse o astro argentino Messi.
O camisa 10 do Barcelona fez apenas um gol na Copa América, de pênalti e justamente contra o Paraguai.
Aliás, o confronto da primeira fase com os rivais da semifinal foi o único da Copa América em que a Argentina conseguiu fazer mais de um gol: empatou em 2 a 2. Também bateu Uruguai e Jamaica, ambos por 1 a 0.
"Os atacantes argentinos são de outro planeta", afirmou o paraguaio Haedo Valdez, ao minimizar o jejum do adversário em matas-matas.
Depois de eliminar o Brasil (também nos pênaltis) nas quartas, sua equipe tenta chegar pela segunda vez consecutiva à decisão da Copa América -perdeu para o Uruguai na decisão de 2011.
A partida desta terça será dirigida pelo árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci, o mesmo do lance mais polêmico desta edição do torneio: a expulsão do uruguaio Cavani após reagir a uma dedada no traseiro dada pelo zagueiro chileno Jara, nas quartas.
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