Zaga é preocupação para São Paulo no jogo de estreia da Libertadores
Marcello Zambrana/Agif/Folhapress | ||
O zagueiro Lucão durante treino do São Paulo |
"Uma equipe que não sabe se defender não vai ser campeã". A frase é do técnico do São Paulo, Edgardo Bauza, que tem trabalhado o elenco a partir dessa premissa, durante toda a pré-temporada.
Porém, na partida desta quarta (3), pela primeira fase da Libertadores, contra o Universidad César Vallejo, do Peru, é justamente a zaga a grande preocupação do treinador.
Breno, 26, que tem sido escalado na equipe titular desde a chegada de Bauza ao São Paulo, sentiu o joelho esquerdo na partida de sábado (30), contra o Red Bull, pelo Paulista, e teve que deixar o campo. Exames médicos acusaram uma tendinite.
O zagueiro conseguiu treinar na segunda (1º), mas, caso não tenha condições de jogo, Bauza terá que optar entre os jovens Lucão, 19, e Lyanco, 18, que estava no Paraguai disputando a Libertadores sub-20. O zagueiro voltou ao Brasil, após a incerteza que a lesão de Breno gerou na comissão técnica.
Lyanco é considerado uma promessa dentro do clube, mas o reserva imediato de Breno deve ser Lucão.
Apesar de ser a primeira opção e também ser considerado um destaque da base, Lucão não tem conseguido se firmar na equipe. Na temporada passada, teve atuações instáveis e foi duramente criticado pela torcida.
Após a derrota para o Corinthians por 6 a 1 pelo Brasileiro, ele foi apontado pelos são-paulinos como o maior culpado pelo placar.
Editoria de Arte/Folhapress |
No jogo seguinte, contra o Figueirense, no Morumbi, Lucão foi muito hostilizado pela torcida e saiu de campo aos prantos.
Os outros dois defensores da equipe não foram relacionados para a partida.
Lugano, 35, ainda não atingiu a condição física necessária para estrear. Já Luiz Eduardo deve deixar o São Paulo no final do mês, quando acaba seu contrato.
Reconhecido pela solidez defensiva de suas equipes, Bauza tem insistido na organização do setor durante os treinamentos.
"A ideia é trabalhar para que a equipe não perca todo o poder ofensivo, mas que não sofra tantos gols", disse o treinador, na pré-temporada. "Se não tivesse 47 gols [sofridos], e sim cerca de 30, poderia ter sido campeã".
No Brasileiro do ano passado, o São Paulo teve média ruim de 1,2 gol sofrido por partida. A equipe tomou 47 gols em 38 jogos.
Em comparação, o San Lorenzo, comandado por Bauza no último Campeonato Argentino, teve a melhor defesa do campeonato, com 20 gols, em 29 partidas, uma média de 0,7 gol por partida.
NOVIDADES NO ATAQUE
Em contraponto às dificuldades na zaga, o ataque contará com dois reforços. Os recém-chegados Calleri e Kieza estarão à disposição de Bauza, no banco.
A partida de volta será no dia 10 de fevereiro, no Pacaembu, já que o gramado do Morumbi está passando por uma reforma.
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