Após acidente, ministro boliviano afasta diretores de órgãos aéreos
Dois dias após o acidente com o voo da Chapecoense na Colômbia, o Ministério de Obras Públicas da Bolívia ordenou a suspensão de executivos dos órgãos controladores da aviação no país.
Os afastamentos ocorrem nos corpos diretores da DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil, responsável pelo registro de pilotos e aeronaves) e na Aasana (Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea, que cuida da liberação de voos, infraestrutura aeroportuária e controle aéreo). As informações foram publicadas pelo jornal boliviano "El Deber" e confirmadas pela Folha com a DGAC.
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Em coletiva de imprensa, o ministro boliviano Milton Claros informou que realizará uma investigação exaustiva sobre o caso e determinou a troca dos executivos dos dois órgãos aéreos para evitar a possível obstrução de provas de possíveis nexos da Lamia com os órgãos. "Não estamos responsabilizando ninguém pessoalmente, mas achamos conveniente que os executivos sejam suspensos durante as investigações", disse Claros.
Ele ratificou ainda que a Lamia teve a licença para voar suspensa e disse que a investigação contemplará a permissão que a empresa tinha para voar, além de averiguar a origem do capital dos proprietários da companhia.
O "El Deber" também apresentou documento que mostra que o voo descumpriu desde o início o que estabelecem as regras internacionais de segurança em voo.
A Lamia, empresa do avião que caiu no final de segunda-feira (28) em Medellín, na Colômbia, é boliviana. A queda matou 71 pessoas –outras seis sobreviveram e estão internadas.
O representante da companhia, Gustavo Vargas, tinha dito que a aeronave não cumpriu o plano de reabastecer o combustível em Cobija, cidade boliviana fronteiriça com o Brasil, ou em Bogotá. A Folha tentou falar com a empresa na tarde desta quinta-feira sobre a investigação do governo, mas não obteve contato.
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