Vice-campeão paulista, Audax pode ser rebaixado no sábado após desmanche
Fabio Vieira/FotoRua/Agência O Globo | ||
Jogadores do Audax (de branco) lamentam gol do São Bento em partida pelo Paulista |
De vice-campeão paulista em 2016 à beira do rebaixamento para a Série A2 do Estadual. Em menos de um ano, o Audax viu seu futebol envolvente de troca de passes ser neutralizado pelos rivais e a afirmação na elite ser colocada em xeque.
O rebaixamento pode ser concretizado ainda neste sábado (25), quando a equipe comandada por Fernando Diniz enfrenta o Palmeiras, às 16h, no Allianz Parque, pela 11ª rodada do Paulista.
Com oito pontos, último na classificação geral, o time de Osasco cai se perder e outros três resultados acontecerem: a Ferroviária vencer o Ituano em Araraquara, o São Bernardo ganhar do Linense em Lins e o Santo André empatar com o Santos no ABC. Se uma dessas combinações não acontecer, o clube ainda pode ser rebaixado no domingo (26) caso o São Bento vença a Ponte Preta em Sorocaba.
A verdade é que o elenco que hoje beira o descenso é bem diferente daquele derrotado na final contra o Santos.
Dos 28 atletas inscritos no Paulista do ano passado apenas seis permaneceram: o goleiro Felipe Alves; os zagueiros André Castro, Felipe Diadema e Velicka; o volante Francis; e o atacante Ytalo. Desses, apenas André Castro, Velicka e Ytalo terminaram 2016 como titulares do time.
A estratégia da diretoria para manter o elenco não funcionou. A ideia era que a possibilidade de disputar a Série B do Brasileiro pelo Oeste, com quem o Audax fechou uma parceria, fizesse os jogadores continuarem no clube.
O resultado foi pior que o esperado. Os atletas não ficaram, o Oeste brigou até a última rodada para não ser rebaixado para a Série C e não houve investimento no próprio Audax, que foi eliminado ainda na primeira fase da Série D do Nacional.
"Foi um erro que cometemos. Teríamos que manter o máximo de atletas e brigar pelo acesso para termos uma vida própria", afirmou o diretor de futebol Nei Teixeira.
O fracasso no Paulista, segundo a avaliação do clube, é culpa também do sucesso do time no ano passado.
A boa campanha fez os rivais estudarem mais a estratégia do técnico Fernando Diniz, que manteve a filosofia de valorizar a posse de bola. O resultado é que em dez jogos o time tem duas vitórias, dois empates e seis derrotas.
"Depois de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, passamos a ser o time mais visado. Estudam o nosso estilo de jogo e querem ganhar da gente. A nossa equipe também não encaixou como no ano passado", disse Teixeira, que também reclama dos cinco pênaltis marcados contra a equipe no Paulista.
"A arbitragem prejudicou muito. Tivemos pênaltis contra que não existiram e isso interfere em um campeonato tão parelho", afirmou.
Os desfalques também pesaram para a má campanha. Nas últimas três rodadas, por exemplo, Diniz não pôde contar com o meia Pedro Carmona, 28, com uma inflamação nos dois pés -continua fora no jogo deste sábado.
Ele é o principal jogador do esquema de Fernando Diniz, responsável pela saída de bola. Em 2016, a função era de Tchê Tchê, hoje no Palmeiras.
"Temos a consciência de que seria muito difícil repetir o ano passado, mas não esperávamos estar nesta situação. Gastamos mais, já que valorizamos os jogadores e a comissão técnica", disse Gustavo Teixeira, diretor do clube e filho de Mário Teixeira, proprietário da equipe.
NA TV
Palmeiras x Audax
16h Pay-per-view
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