Delegado diz que acusado de agredir corintiano não deve seguir preso
Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress | ||
Torcedor do Corinthians é atendido após ser espancado antes da partida da equipe contra o Coritiba |
A polícia do Paraná espera encontrar até o final desta semana mais cinco agressores do corintiano Jonathan José Gomes Souza, 29. Ele foi espancado antes do jogo entre Coritiba e Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro no último domingo (18).
Rodrigo de Oliveira Araújo, 24, se apresentou ao delegado Clóvis Galvão, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) nesta segunda (19). Ele prestou depoimento e foi liberado em seguida.
Pouco antes, João Carlos de Paula, 24, havia sido encaminhado a presídio em Curitiba. O delegado não quis revelar o local. Eles serão indiciados por tentativa de homicídio. João Carlos é primário. Galvão não crê que ele ficará detido por muito tempo.
"A gente sabe como são as coisas. Isso [o tempo de prisão] o juiz vai determinar. Mas ele não tem antecedentes e isso é determinante", disse o delegado.
Segundo a polícia, os dois são integrantes da Império Alviverde, torcida organizada do Coritiba.
A confusão aconteceu quando ônibus dos corintianos sofreu emboscada na região do estádio Couto Pereira. De acordo com Galvão, João Carlos confessou a participação no crime, embora o advogado Renato Freitas considere que qualquer declaração de seu cliente não tem valor no processo, já que foi feita sem a presença de um representante legal. O delegado chegou a divulgar a morte de Jonathan, mas ele recebia atendimento médico e teve alta do hospital alta horas depois. Galvão alegou também que os corintianos buscaram conflitos na região do Couto Pereira, antes da partida.
"Ele [o advogado] pode falar o que quiser. É o direito de espernear. Há vídeos, há fotografias, ele foi reconhecido pela roupa, pelo calçado... Mas isso vai ficar claro no decorrer das investigações", completou.
Galvão solicitou à polícia de São Paulo que encontre e receba o depoimento de Jonathan. Após ser atendido no hospital, ele deixou Curitiba.
O delegado não revela se os outros cinco procurados também são integrantes da Império Alviverde.
Em mensagens de Whatsapp, torcedores do Corinthians disseram que os ônibus das organizadas estavam quase vazios, já que a polícia havia determinado que todos descessem para serem escoltados, a pé, até o estádio.
Além de Jonathan, cinco corintianos receberam atendimento médico. Quatro foram encaminhados ao Hospital Universitário Cajuru.
Três acabaram liberados no começo da noite de domingo e o último, que ficou em observação, recebeu alta na manhã desta segunda. Todos tinham ferimentos superficiais, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital, que não divulga a identidade dos pacientes.
O único que permanece internado é Luciano Romano. Com fratura exposta na perna, ele passou por cirurgia no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba.
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