Seleção brasileira prioriza base com praia na Copa do Mundo

Crédito: Marcelo Machado De Melo/Xinhua Tite em frente ao estádio de Kazan, local do jogo entre Portugal e Chile, realizado nesta quarta
Tite em frente ao estádio de Kazan, local do jogo entre Portugal e Chile, realizado nesta quarta

FÁBIO ALEIXO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE KAZAN

Enquanto assiste às semifinais da Copa das Confederações na Rússia, Tite visita locais que poderão ser usados como sede da seleção brasileira no Mundial de 2018. Entre três opções, a cidade de Sochi é a que mais agrada a comissão técnica da CBF.

Moscou e São Petesburgo também são avaliadas.

O treinador está acompanhado do coordenador técnico da confederação, Edu Gaspar, que já visitou alguns locais em abril.

"Sochi é uma cidade praiana, que passou por reformas importantes para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno [de 2014]. É uma cidade nova podemos dizer. Mas não depende apenas de nós. Por isso estamos aqui também para avaliar outros lugares. Queremos definir o quanto antes até para poder fazer melhorias que sejam necessárias", disse Edu.

Sochi está localizada a 1.620 quilômetros de distância de Moscou e é conhecida por seus resorts e por ser o local predileto para os russos viajarem nas férias. Durante a época da Copa, as temperaturas variam entre 16,7ºC e 24,6 ºC.

"O Edu já conhece bem as opções. Quando formos para Sochi na quinta, vamos fazer este acompanhamento. Mas tem alguns aspectos que vejo do meu lado como treinador, que é a qualidade dos locais de treino e privacidade de trabalho. Aí vem a parte da logística", disse Tite.

Segundo o catálogo disponibilizado pela Fifa, são duas as bases em Sochi. Mas não é só o Brasil que estuda se instalar na cidade. Seleções que ainda nem estão classificadas para a Copa e podem nem viajar à Rússia já estão na fila, como Noruega e Holanda.

No processo do Comitê Organizador da Copa, quem pedir primeiro ganha a prioridade para ficar na base de treinamento. Depois é feita uma lista de espera com as demais interessadas. Os nomes são mantidos em sigilo. Cada federação pode indicar quantos locais desejar. Sempre se escolhe um pacote com hospedagem e um local de treino específico, que pode ser anexo ou nas proximidades do hotel.

Na primeira fase, Sochi só receberá jogos dos cabeças de chaves dos grupos B, F e G. Isso significa que a seleção brasileira poderia nem jogar lá, o que aumentaria os deslocamentos. Mas isso não é algo que preocupe Edu. A definição das cidades onde o Brasil jogará acontecerá apenas em 1º de dezembro, dia do sorteio.

"A verdade é que as distâncias não me preocupam. A Fifa facilita bastante a questão da logística. O importante é ter um bom hotel, bons campos de treinamento, que ofereça boas opções em dias de folga se o atleta quiser passear com a família", disse Edu.

Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

ATMOSFERA DE COPA

Na visita à Rússia, Tite assistiu nesta quarta-feira (28) o duelo entre Portugal e Chile em Kazan. Nesta quinta (29) verá Alemanha x México, em Sochi, e no domingo (2) estará no estádio para a final, em São Petesburgo.

"Em termos táticos e individuais é importante para ver como se comportam as equipes, as diversas variações. E claro que já sinto esta atmosfera", completou.

Tite afirmou ainda que gostaria de ter o Brasil participando deste torneio. A seleção não chegou nem perto, uma vez que foi eliminada ainda nas quartas de final da Copa América de 2015.

"Se tivesse a certeza que já estaríamos classificados para a Copa adoraria estar aqui. Mas vou além. Mesmo sem estar classificado seria importante ter mais tempo com a equipe, desenvolver o trabalho. Nem que tivesse que deixar alguns atletas de fora como já foi nos últimos amistosos", afirmou.

Tite afirmou também que a CBF está muito perto de acertar a realização de um amistoso com a Rússia. A partida entre as duas seleções só não aconteceu na última janela de datas Fifa, em junho, por causa da logística complicada que seria a de enfrentar a Argentina em Melbourne e logo depois viajar para a Europa.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.