Fifa multa CBF por gritos de 'bicha' e times sul-americanos pagam R$ 1,8 mi

Crédito: Rodrigo Ziebell/Brazil Photo Press/Folhapress Gol de Philippe Coutinho - Partida entre Brasil e Equador, válida pela 15ª rodada das Eliminatórias Sul-americanas da Copa do Mundo 2018 (Rússia)
Philippe Coutinho comemora gol na partida contra o Equador, em Porto Alegre

DE SÃO PAULO

A CBF recebeu nova punição da Fifa por gritos homofóbicos da torcida em jogos da seleção brasileira. A Fifa divulgou nesta segunda (2) a relação de confederações multadas por incidentes nas últimas rodadas das eliminatórias para a Copa do Mundo. Desde o início da competição, os países sul-americanos tiveram de pagar R$ 1,8 milhão em sanções.

Pelos gritos de "bicha" da torcida a cada cobrança de tiro de meta da seleção do Equador, a confederação brasileira foi multada em R$ 32,5 mil. A partida aconteceu em 31 de agosto, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Documento da Fifa também relata a realização de cerimônia não autorizada antes do início da partida.

É a quarta vez nas eliminatórias para o torneio na Rússia que a torcida faz a CBF receber punições. Todas pelo mesmo motivo. A confederação já foi multada em R$ 292 mil (em valores atuais) no total. As outras punições aconteceram nas partidas contra Paraguai, Bolívia e Colômbia.

As ofensas nas cobranças de tiro de meta foram "importadas" do México, que também já foi multado pela Fifa e até ameaçado com perda de pontos. Popularizou-se no Brasil com a participação de equipes mexicanas na Libertadores, a partir dos anos 90.

Entre as seleções sul-americanas que disputam as eliminatórias, apenas Bolívia, Equador e Venezuela não receberam multas por gritos homofóbicos ou discriminatórios. As punições impostas a Brasil, Argentina, Colômbia, Paraguai, Peru, Uruguai e Chile somam R$ 1,8 milhão (545 mil francos suíços).

As maiores reincidentes são Argentina e Chile, punidas em sete partidas cada pelo mesmo motivo. Os chilenos foram condenados três vezes a não jogar no Estádio Nacional em Santiago ou com arquibancadas parcialmente fechadas.

Em sua defesa, a confederação chilena apresentou argumento de que os gritos de "bicha" e ofensas étnicas a outras torcidas eram questões culturais.

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