FÁBIO ALEIXO
DE SÃO PAULO

Líder do ranking mundial e uma das favoritas ao título do Aberto da Austrália -no qual estreou com vitória sobre Destanee Aiava (153ª) por 2 a 0 na madrugada desta terça-feira (16)-, Simona Halep vive uma situação inusitada no Grand Slam.

A romena está tendo de jogar com um vestido comprado pela internet em um site chinês. Isso porque ela não renovou o contrato de patrocínio que tinha com a Adidas.

O vestido vermelho sem nenhuma logomarca usado pela jogadora de 26 anos é o mesmo com o qual foi campeã do Torneio de Shenzhen (CHN) na semana passada.

"Estava na China e conversei com meu agente para vermos uma maneira de resolver o problema [da falta de roupa]. Vi na internet um modelo que gostei e encomendei. Em menos de 24 horas estava pronto. Foi tudo muito fácil e simples", contou.

"Ele não tem nada de especial. É bem básico", disse a jogadora que já acumula US$ 20,9 milhões (R$ 67 milhões) em premiação em toda a carreira e não revelou quanto pagou pelo "uniforme".

Halep diz não se sentir desconfortável com esta situação da falta de um fornecedor de roupas, mas espera chegar em breve a um acordo com um novo patrocinador.

"Meu agente está trabalhando nisso, procuro nem pensar muito, não tenho pressa. Tenho algumas propostas e só quero ter certeza que escolherei uma marca que me agrade e que faça roupas que eu goste", disse.

"Está sendo um período bem interessante para falar a verdade", completou.

Em sua 31ª participação em Grand Slams, Halep ainda busca seu primeiro título. Tem como melhores resultados os vice de Roland Garros em 2014 e no ano passado.

Entretanto, é o primeiro Major ao qual chega como líder do ranking da WTA.

"Eu não sinto pressão. Para mim não faz muita diferença ser a número 1,2 ou 3. Cada partida de Grand Slam é sempre muito dura",disse.

No Aberto da Austrália, ela faz sua oitava aparição. Nunca passou das quartas de final, tendo alcançado esta fase nas edições de 2014 e 2015. Sua próxima adversária, na quinta-feira (18) será a canadense Eugenie Bouchard (81ª).

Em 2017, o australiano Daniel Evans - que está suspenso após ser flagrado com cocaína em exame antidoping- viveu situação semelhante à de Halep na Austrália.

Sem contrato para fornecimento de uniforme depois do término de contrato com a Nike, ele foi a uma loja de Melbourne e adquiriu diversas camisetas brancas e pagou por cada uma 19,99 dólares australianos (R$ 51,99).

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